Economia

Afinal os combustíveis low cost valem a pena ou não?

Notícias de Coimbra | 2 anos atrás em 21-04-2023

Com o aumento do custo de vida em todos os aspetos, a população procura poupar em tudo o que pode. Procuram sempre os artigos mais baratos, mas será que são sempre uma boa alternativa?

Opta por abastecer no posto de combustível mais barato? Será esta solução viável? As respostas não são unânimes, e o e-Konomista reuniu informações que o podem ajudar.

PUBLICIDADE

publicidade

“Os combustíveis em Portugal saem todos das mesmas refinarias […] com a diferença de que os low cost são simples e os restantes têm aditivos. A grande diferença reside, portanto, na composição dos mesmos, para além do preço. Ou seja, o combustível simples é o que sai da refinaria, sendo assim o produto base e virgem que as marcas compram para, depois, lhes juntarem os aditivos, como é o caso da gasolina e do gasóleo normal.”, pode ler-se.

Os combustíveis low cost, ou simples,  são desprovidos de aditivos que promovem o melhor desempenho.

Segundo o e-Konomista, “os aditivos têm como funções reduzir as emissões poluentes, aumentar a potência do motor e diminuir o consumo. Para além disso, aumentam os intervalos de manutenção e melhoram a fiabilidade do motor. Tem a função limpar os injetores de combustível, as válvulas e todos os locais da viatura onde chega o combustível. Consegue também melhorar a combustão.”

No caso do gasóleo, os aditivos ajudam na combustão e no aproveitamento da energia contida, bem como reduzem a formação de espuma, o que melhora o enchimento e reduz os salpicos.

Estas vantagens podem implicar, a longo prazo, um menor consumo e melhor desempenho do motor do carro, isto porque, o motor fica mais limpo e tem menos desperdícios do que se usasse um combustível sem aditivos, refere.

PUBLICIDADE

publicidade

Porém, os combustíveis que têm aditivos são os podem ter em grandes quantidades. Este facto encontra-se estabelecido na lei, pois isso tornar-se-ia prejudicial ao funcionamento do veículo, lê-se no artigo.

Para perceber se o combustível que usa tem aditivos, o e-Konomista aconselha a estar atento nas estações de serviço com sinalização, que costumam usar o aditivo das suas companhias de petróleo. Mas, o melhor é perguntar diretamente à pessoa responsável pela estação.

Há quem acredite que optar por um combustível low cost pode trazer problemas à viatura a médio prazo, principalmente quando se trata de um automóvel com um motor mais moderno e evoluído, cujo controlo eletrónico se torna mais sensível.

Existe ainda a opinião de que os fabricantes desenham os seus motores para estes funcionarem sem problemas com gasolina e diesel puros. No entanto, isso não significa que o façam na perfeição.

Seria possível ajudá-los a trabalhar melhor, adicionando certos aditivos ao combustível, capaz de modificar ligeiramente as propriedades físicas do mesmo.

A DECO desenvolveu estudos e concluiu que não existem factos que comprovem que este género de combustíveis prejudique diretamente o motor e a performance do veículo. Segundo a análise, cumprem as normas de qualidade e as necessidades dos consumidores. Acabou por concluir que não existem diferenças significativas afirmando que não existem motivos para recear quanto à qualidade deste tipo de combustíveis.

A única grande diferença é o preço: muito menor quando se opta pelo low cost, pois deve-se à ausência dos aditivos presentes nos restantes combustíveis, estando o consumidor, na verdade, a comprar apenas uma parte do produto e não a pagar menos pelo produto.

No entanto, a Associação Nacional dos Revendedores de Combustíveis alertou para a qualidade dos combustíveis low cost ser inferior e que a ausência de aditivos não é benéfica para os motores fabricados atualmente.

A Associação de Empresas Petrolíferas (APETRO) distingue os combustíveis normais dos low cost, mas sem colocar em causa a qualidade.

Related Images:

PUBLICIDADE

publicidade

PUBLICIDADE