Coimbra
Comboios de autocarros até 2021 no Ramal da Lousã!
A Transdev começa no sábado a assegurar o transporte rodoviário alternativo no Ramal da Lousã, entre Serpins e Coimbra, por interrupção da circulação ferroviária há mais de oito anos.
Com o preço base do procedimento a rondar os cinco milhões de euros (4.998.000 de euros), o concurso lançado em abril pela Comboios de Portugal (CP) foi ganho pela empresa Transdev, “que deverá transportar os passageiros desta linha nos próximos três anos”, informou a Metro Mondego (MM) em comunicado, que não foi enviado a Notícias de Coimbra, comprovando que a empresa (com administradores e funcionários pagos principescamente) continua muito afastada da realidade local.
O novo operador dos serviços rodoviários alternativos no Ramal da Lousã, onde os comboios circularam mais de 100 anos, entre dezembro de 1906 e janeiro de 2010, sucede à empresa VT Bus, que agora acaba de cumprir idêntico contrato de três anos.
A MM tem o Estado como principal acionista, dela fazendo também parte a CP, a Infraestruturas de Portugal (IP) e os três municípios outrora servidos pelo ramal ferroviário: Lousã, Miranda do Corvo e Coimbra.
Criada em 1996, com o objetivo de instalar um serviço de metro ligeiro na linha centenária e na área urbana de Coimbra, a sociedade anunciou que a mudança de operador coincide com “ajustamento nos horários”, “menos tempo ao almoço sem autocarros” e “serviços redundantes suprimidos”.
“Com vista à melhoria da qualidade do serviço, foram introduzidas novas condições, das quais se destaca a disponibilização de alguns autocarros adequados a pessoas com mobilidade reduzida, com pelo menos um lugar para cadeira de rodas acessível por mecanismo automatizado”, ainda segundo a nota.
Os novos horários poderão ser consultados na página da internet da MM – www.metromondego.pt – ou obtidos nas bilheteiras das estações de Coimbra, São José, Miranda do Corvo e Lousã.
A intervenção no canal ferroviário, numa extensão de 35 quilómetros, começou em finais de 2009, por iniciativa do último Governo de José Sócrates, mas as empreitadas foram suspensas algum tempo depois devido a problemas financeiros.
Com a via-férrea encerrada, os utentes são servidos há mais de oito anos por autocarros, ao abrigo de concursos da responsabilidade da CP, que tem assumido encargos de vários milhões de euros à espera que o problema seja resolvido pelo Estado.
Após terem sido realizados investimentos públicos no Ramal da Lousã que rondam os 150 milhões de euros, segundo diferentes estimativas, a que se juntam encargos com o edifício-sede e vencimentos das administrações e funcionários da Metro Mondego, o Governo anunciou, em junho de 2017, que o metro previsto há quase um quatro de século seria substituído por um sistema de autocarros elétricos do tipo “metrobus”.
No dia 02 de julho, em Penacova, distrito de Coimbra, na presença do primeiro-ministro António Costa, o ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, informou que o primeiro concurso público do denominado Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), no Ramal da Lousã e em Coimbra, será lançado no início de 2019.
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