O comandante-geral da GNR defendeu hoje melhores condições de trabalho, infraestruturas e equipamentos e prometeu entregar à tutela, até ao final do ano, as propostas de alterações à lei orgânica da corporação e ao regime remuneratório dos militares.
Na cerimónia militar comemorativa do 110.º aniversário da Guarda Nacional Republicana, que se realizou na Escola da Guarda, em Queluz, Rui Clero afirmou que a corporação está alinhada na necessidade de se “adaptar permanentemente às exigências das alterações da sociedade e das ameaças que se colocam à segurança”.
“Procuramos genuinamente fazer com que a Guarda aconteça em desígnios que passam pelo processo do planeamento operacional, pela formação por competências e pela revisão da orgânica e demais diplomas estruturantes. Fazer com que a Guarda aconteça também num contexto alinhado com as orientações estratégicas estabelecidas no Relatório de Segurança Interna, medidas que atuando ao nível da modernização e eficácia serão valorativas dos meios humanos e da missão”, precisou.
O comandante-geral da GNR avançou que estas medidas devem ser “acompanhadas pelo melhoramento das condições de trabalho, das infraestruturas e dos equipamentos disponibilizados”.
Rui Clero frisou que vai continuar “atento e empenhado” em criar as condições para “um melhoramento das condições de trabalho e do reconhecimento da entrega” os militares da GNR.
“Ainda este ano conto formalizar junto da tutela as propostas de alteração da lei orgânica e diplomas complementares, bem como da revisão do regime remuneratório materializando a legitima expectativa de reconhecimento e valorização dos militares e civis da Guarda”, prometeu.
O comandante-geral da Guarda Nacional Republicana assumiu ainda o compromisso de contribuir para “uma transição serena” do início do processo de chegada a oficial general dos oficiais da GNR que iniciaram a sua formação na Academia Militar há 30 anos.
“Aproveitar o momento para registar que muito brevemente teremos entre nós os primeiros brigadeiros generais, que por direito próprio sucederão a 110 anos de oficiais do Exército que têm tido o privilégio de comandar e dar o seu melhor à GNR. Será com satisfação, responsabilidade e sentido do dever que teremos o privilégio de o testemunhar”, disse ainda.
A chegada de oficiais formados na GNR e o fim dos generais do Exército a comandar a Guarda Nacional Republicana é uma das mais antigas ambições dos militares desta força de segurança.
A cerimónia do 110.º aniversário da Guarda Nacional Republicana foi presidida pelo ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita.