Coimbra
Coimbra vai ter a arte do ferro como tema para o Dia Internacional dos Museus
Coimbra vai ter a arte do ferro como tema para o Dia Internacional dos Museus, que se celebra no dia 18, convidando as pessoas a redescobrirem a presença do ferro forjado e fundido na cidade, foi hoje anunciado.
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Depois de no passado ter dedicado o dia à pedra ou ao azulejo, este ano a Coimbra – Rede de Museus apostou no tema do ferro, um material que marca a paisagem urbana da cidade, disse o membro da direção do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra Pedro Casaleiro, durante a conferência de imprensa de apresentação do programa.
O responsável salientou que, ao longo dos últimos 400 anos, a paisagem de Coimbra tem sido marcada por esta arte, o que levou o historiador da arte e docente Vergílio Correia a apelidá-la de “cidade das grades”.
No dia 18, realizam-se dois percursos pedonais – um a começar às 09:30 na Cruz de Celas e outro às 14:30 no Palácio da Justiça -, em que se vai falar da história da cidade, da arte do ferro e da sua presença em Coimbra, seja em guarnições de portas, gradeamentos, varandas, cata-ventos ou candeeiros, explicou Pedro Casaleiro.
No pátio do Museu Nacional Machado de Castro (MNMC), estará patente uma exposição com “uma importante coleção de cata-ventos” da instituição e, na Casa-Museu Bissaya Barreto, será feita uma visita guiada para descobrir a presença do ferro no interior e exterior daquele local.
O dia 18 marca ainda a reabertura do Edifício Chiado, referiu o diretor do Departamento de Cultura da Câmara de Coimbra, Francisco Paz.
Classificado como imóvel de interesse público, este é um dos poucos exemplos da arquitetura do ferro na cidade construído no início do século XX.
Para além das iniciativas dedicadas ao tema central, haverá estátuas vivas na Rua Ferreira Borges a recriar obras de arte da Coleção Telo de Morais, visitas ao Museu da Santa Casa da Misericórdia de Coimbra, a inauguração da exposição “Memórias da China Imperial em Santa Clara de Coimbra”, no Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, concertos, debates e conferências.
No Museu da Ciência, haverá uma antevisão da Sala da Biodiversidade de Portugal, que está a ser renovada, e será apresentada a coleção “Amazónia”, da Vista Alegre, que tem como referência as expedições etnográficas de Alexandre Rodrigues Ferreira, no século XVIII. A sessão vai contar com a presença de índios Kayapós.
Durante a noite de 18 de maio, vários dos espaços que aderiram à iniciativa vão estar abertos até às 00:00, sendo possível subir-se nessa noite à Torre da Universidade de Coimbra ‘A Cabra’ (a Biblioteca Joanina estará fechada por questões de conservação).
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