Coimbra
Coimbra vai injetar 2,829 milhões de euros em fundo de reabilitação urbana na Baixa
A Câmara de Coimbra aprovou hoje, dia 19 de junho, o aumento da sua participação no fundo de investimento de reabilitação urbana Coimbra Viva, que opera na Baixa da cidade, num montante de 2,829 milhões de euros.
O aumento da participação da Câmara de Coimbra no fundo tem como objetivo garantir o avanço da construção de uma residência de estudantes na Baixa da cidade, num projeto já licenciado e com cerca de 2.700 metros quadrados de área de construção, refere a informação dos serviços municipais que sustenta a proposta.
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O aumento da participação no Coimbra Viva, um fundo de investimento imobiliário fechado criado em 2011 que atua numa área delimitada da Baixa da cidade, foi aprovado com os votos a favor dos vereadores da coligação Juntos Somos Coimbra, PSD, CDS-PP, Nós,Cidadãos!, PPM, Aliança, RIR e Volt, e abstenções do PS e da CDU.
A vereadora socialista Regina Bento criticou o “nível de exposição grande” da autarquia a um “investimento que tem risco”.
“O município ficará numa posição maioritária do fundo, mas não fica na gestão do fundo. O modelo societário vai ser alterado? Porque isso parece-me que seria muito importante para acautelar a posição do município, nomeadamente em caso de extinção do fundo”, salientou.
O presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, realçou que o município já era maioritário no fundo e que não está “prevista uma alteração do modelo societário”.
“Os principais privados estão disponíveis para acompanhar este aumento de capital, mas infelizmente continuamos à espera do IHRU [Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana]”, criticou o autarca, referindo que a autarquia ainda está à espera de um aval do Ministério das Finanças para o IHRU acompanhar a injeção agora decidida.
Para José Manuel Silva, a decisão não se trata de “investir num fundo”, mas de “investir na reabilitação da Baixa”, voltando a apelar ao Ministério das Finanças para tomar uma decisão.
O presidente da Câmara de Coimbra alegou ainda que o risco de investimento no Coimbra Viva “é residual”.
O vereador da CDU Francisco Queirós também manifestou “muitas dúvidas” quanto ao modelo de fundos especiais fechados e a sua contribuição para a reabilitação das cidades, pedindo uma avaliação da estratégia seguida para a autarquia perceber se deve ou não “continuar a apostar neste modelo”.
O fundo Coimbra Viva, que junta entidades privadas e públicas, conta com 27 imóveis em carteira na Baixa da cidade, nove dos quais estão já reabilitados e outros nove licenciados ou em licenciamento, disse à agência Lusa a sociedade gestora.
O fundo, criado em 2011 para atuar numa zona delimitada da Baixa da cidade, tem como participantes institucionais a Câmara de Coimbra e o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) e é gerido pela sociedade privada FundBox, permitindo também a participação de investidores privados e detentores de imóveis.
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