MOBILIDADE
Coimbra vai “estudar” projeto de arquitetura para elevador nas Escadas Monumentais. E já tem nome!
O novo projeto de arquitetura do futuro elevador nas Escadas Monumentais, já com parecer favorável condicionado da Direção Geral do Património Cultural/Direção Regional da Cultura do Centro (DRCC/DGPC), agora designado de “Elevador Sesnando Davies”, em homenagem ao governador do território de Coimbra até 1091, vai ser debatido na reunião do Executivo de segunda-feira, dia 19 de agosto.
A deliberação que resultar da reunião de Câmara é uma peça processual essencial à submissão da candidatura deste projeto ao Programa CENTRO2023-2024-8 “Mobilidade Ativa (Pedonal e ciclável) – Eixo 2”. O projeto agora em aprovação resulta das alterações ao projeto inicial, da autoria de Eduardo Mota, que mereceu parecer negativo por parte da DRCC/DGPC, embora tenha sido aprovada a abertura de concurso e estipulado o valor de 1,6M€. Por sua vez, o valor estimado do novo projeto é de 1,8M€.
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A Câmara Municipal (CM) de Coimbra diz que “pretende, assim, avançar com esta candidatura para compensar o facto de o “MetroBus” não ir até ao Polo I da Universidade de Coimbra, responsável por mais de 20 mil deslocações diárias. No entender da vereadora do Urbanismo, Ana Bastos, esta é uma forma de mitigar a não ida do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM) até ao Polo 1 da Universidade de Coimbra, assegurando-se um meio mecânico que facilite a deslocação entre a Praça da República e a Alta universitária”
“Em termos formais e de imagem, a proposta busca uma integração no existente, articulando e valorizando espaços intersticiais desqualificados e elementos urbanos degradados”, pode ler-se na memória descritiva do projeto. “Tudo isto, com a consciência permanente de desenhar uma proposta sem interferência (para anular ou enfatizar), as Escadas Monumentais na sua vertente espacial, histórica ou simbólica”, acrescenta o mesmo documento.
Segundo o projeto, no sentido da integração urbana na zona, a implantação do elemento vertical do elevador é recuada até próximo da linha de cota superior da encosta, correspondendo aproximadamente à projeção do quarto lanço das escadas. Nesta solução, em que o curso dos elevadores surge quase integralmente enterrado na encosta, o corredor subterrâneo até à porta dos elevadores ganha uma dimensão considerável, equiparando-se a uma pequena praça coberta que poderá acolher atividades complementares ao mero funcionamento dos meios mecânicos. Na área exterior desta praça está ainda comtemplado o arranque do atual percurso transversal, adossado à vertente da encosta, e a existência de uma plataforma elevada para reposicionamento do monumento ‘Peço a palavra’.
Para se vencerem os 21 metros de diferença de cota entre o patamar inferior e o cimo da encosta, prevê-se a construção de uma coluna vertical que alberga dois elevadores com capacidade para aproximadamente 15 pessoas cada. Este elemento, “esbelto e de escala contida, garante a delicadeza na relação com a encosta, enquanto promove uma articulação com o patamar superior, reforçando assim o ‘gesto’ associado ao desenho do percurso”.
O acesso superior até à coluna de elevadores é efetuado por uma ‘varanda’ balançada sobre a encosta, que conduz até à entrada superior da coluna dos elevadores. Este percurso, delimitado por um muro / banco e um gradeamento de elevada transparência, transforma-se igualmente numa zona de estar, com uma significativa componente lúdica e de contemplação das vistas sobre a cidade, assumindo-se como um elemento qualificar do conjunto.
O elevador vai homenagear a figura ímpar de D. Sesnando Davies, governador do território de Coimbra de 1064 a 1091, data da sua morte.
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