Coimbra
Coimbra: Trabalhadores das cantinas e refeitórios em greve por melhores condições (com vídeos)
Trabalhadores da área da confeção de alimentos das cantinas e refeitórios concessionados exerceram hoje o direito à greve numa concentração na sededa Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), junto ao Largo da Portagem, em Coimbra. Os trabalhadores que exercem funções em cantinas e refeitórios de escolas, hospitais, e outros serviços públicos, fábricas e unidades do setor privado e social, reivindicam “aumentos salariais dignos e justos para 2021, defesa dos direitos dos trabalhadores e a negociação do Contrato Coletivo de Trabalho”.
António Baião, presidente do Sindicato de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Centro, refere que a sua organização está num processo negocial.
“Até há 15 dias estávamos a pensar que iriamos ter as negociações, independentemente de ser necessário cedências de parte a parte, mas a associação patronal recua na mesa de negociações, e além de desconvocar reuniões já marcadas também veio recuar não só no processo negocial mas mesmo alterando o que já estava negociado em algumas cláusulas, querendo retirar direitos a estes trabalhadores”, explica António Baião, numa ação que classifica de “má fé”.
Na região Centro a greve teve maior incidência em refeitórios escolares, tendo contabilizados mais de 100 refeitórios completamente em greve, perfazendo cerca de 500 trabalhadores, que hoje não confecionaram, também 4 refeitórios de IEFP encerrados e outros afetados na ordem de 40 trabalhadores em greve, refeitórios de fábricas com mais de 50 trabalhadores em greve podendo em alguns não ser servida a refeição como foi o exemplo da fábrica da CIMPOR em Coimbra”, refere o sindicato em comunicado.
Nos hospitais da Guarda, Seia, Lamego e Covilhã cumpriram apenas os serviços mínimos e nos hospitais de Santa Maria da Feira, Aveiro e Leiria alguns trabalhadores fizeram greve abrangendo nesta área cerca de mais de 100 trabalhadores, explica o sindicato.
Nos seis distritos da região Centro há cerca de 800 trabalhadores a exercer o direito à greve no dia de hoje.
Graça Coelho, trabalhadora do setor dos refeitórios e cantinas na Escola Infanta D. Maria, esteve presente na concentração em Coimbra e explica ao Notícias de Coimbra que estes trabalhadores têm salários mesmo baixos, e são pouco valorizadas.
“Mesmo durante a pandemia nunca deixámos de trabalhar, para as crianças carenciadas”, refere Graça Coelho que entende que a sua profissão deve ser mais valorizada.
Veja aqui o direto NDC com António Baião
Veja aqui o direto NDC com Graça Coelho, na greve em Coimbra
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