No dia 2 de janeiro, a Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra registou intensa atividade, com 847 episódios atendidos nos serviços de urgência, dos quais 42 resultaram em internamento, 454 atendimentos relacionados com infeções respiratórias nos centros de saúde e 360 atendimentos pela Linha SNS 24.
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Nos serviços de urgência, pela triagem de Manchester, 19% dos casos foram classificados como muito urgentes, 52% urgentes, 23% pouco urgentes e os restantes como não urgentes ou emergentes. A distribuição por local incluiu 457 atendimentos nos Hospitais da Universidade de Coimbra, 48 no Hospital Geral, 153 no Hospital Pediátrico, 112 no SUB de Arganil e 77 nas Maternidades. Destaca-se a elevada afluência de crianças e jovens de 0 a 15 anos (22%) e de utentes com mais de 65 anos (32%).
Como previsto, nos dias 2 e 3 de janeiro, as equipas de saúde do serviço de urgência estão a operar com reforço de profissionais. O tempo médio de espera para triagem foi de 21 minutos. O tempo médio entre a triagem e a primeira observação médica foi de 54 minutos (valor variável de acordo com a prioridade atribuída e período do dia), sendo que, para doentes não urgentes, chegou a 71 minutos, com o tempo total de espera em alguns casos ultrapassando as 4 horas.
Nos cuidados de saúde primários, os diagnósticos mais comuns foram as infeções do aparelho respiratório superior (280 casos), amigdalite (47), gripe (47), bronquite ou bronquiolite aguda (41) e pneumonia (38). Por faixa etária, 24% dos atendimentos foram a menores de 18 anos, 30% a pessoas entre 19 e 44 anos, 25% entre 45 e 64 anos, 8% entre 65 e 74 anos e 13% a utentes com mais de 75 anos.
Os Centros de Atendimento Clínico registaram 38 atendimentos no CAC Avelar e 6 no CAC Cantanhede.
Dos 360 atendimentos da linha SNS24, 49% resultaram em referenciação para serviços de urgência hospitalar, 40% para médico de família e 11% para autocuidado.
A partir de 2 de janeiro, entrou plena operação a nova Unidade Central de Gestão de Camas, que funciona 24 horas por dia. Esta é uma inovação introduzida pelos Hospitais da Universidade de Coimbra com o objetivo de otimizar a utilização e distribuição de 1267 camas hospitalares.
No dia 3 de janeiro, foi aberta uma enfermaria de contingência nos Hospitais da Universidade de Coimbra, com 10 camas adicionais destinadas a doentes respiratórios. Destacamos que o plano de contingência prevê ainda a abertura sequencial de até 58 camas para doentes respiratórios, distribuídas pelos Hospitais da Universidade de Coimbra, Hospital Geral e Hospital Arcebispo João Crisóstomo.
Além disso, foi aberta uma vaga adicional no programa de hospitalização domiciliária, reforçando a capacidade de resposta da ULS Coimbra.
Está ativado, desde o dia 26 de dezembro, o nível 1 do plano de contingência para os cuidados de saúde primários, com a “reorganização das agendas dos profissionais para garantir que, pelo menos, 60% das consultas de situações agudas são realizadas no próprio dia”, “alargamento do horário de funcionamento dos cuidados de saúde primários até às 20:00”, “abertura de serviços de apoio ao plano de contingência, incluindo o Centro de Diagnóstico Pneumológico (CDP) para realização de raio X de tórax e o Edifício São Jerónimo (HUC) para realização de análises clínicas”.
A ULS Coimbra reforça a importância de utilizar os recursos de saúde de forma consciente, priorizando o contacto prévio com o SNS24 para situações não urgentes e o agendamento de consultas nos centros de saúde ou Centros de Atendimento Clínico.
Este comportamento contribui para reduzir o tempo de espera nos serviços de urgência hospitalar, permitindo uma melhor gestão dos casos mais graves.
Recomenda à população a “vacinação contra a gripe e COVID-19, como medida essencial de proteção”, a “etiqueta respiratória e higienização frequente das mãos, para reduzir o risco de contágio”, e “em situações de doença aguda, priorizar o contacto inicial com o centro de saúde por telefone/email ou telefonar para o SNS24”, dado que “espera-se um elevado afluxo de doentes nos próximos dias, pelo que contamos com a colaboração de todos para enfrentar este período de maior procura”.
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