Coimbra
Coimbra quer Maternidade nos Covões
A Assembleia de Coimbra aprovou hoje por maioria uma moção da CDU que contesta a construção da nova maternidade dentro do perímetro do polo dos Hospitais da Universidade e que reivindica a sua instalação junto ao Hospital Geral (Covões).
Em abril, foi anunciado que a instalação do futuro equipamento, que resultará da fusão das duas maternidades existentes no concelho, fica situada no polo dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) e que representa um investimento de 16 milhões de euros.
“O projeto, amplamente divulgado, de instalação da nova maternidade dentro do perímetro dos hiperconcentrados e sobrepovoados HUC – de que todos conhecemos os congestionados acessos e áreas de estacionamento – não constitui uma solução aceitável”, refere a moção, que foi aprovada com 31 votos a favor do PS, CDU, Cidadãos por Coimbra e MPT e 18 contra do PSD, CDS, PPM e Somos Coimbra.
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O documento considera que a instalação de uma maternidade nos HUC “não acautelaria a colocação, em condições de proximidade, dos serviços de ginecologia e de medicina de reprodução humana; com efeito, o projeto de instalação da maternidade prevê que aqueles serviços permaneçam, respetivamente, no 9.º piso dos HUC e no edifício São Jerónimo”.
A moção exige também “a execução urgente de obras de restauro e beneficiação das instalações das Maternidades Daniel de Matos e Bissaya Barreto, a aquisição de equipamento moderno para apoio ao serviço prestado, a contratação imediata de recursos humanos, indispensável ao reforço e rejuvenescimento das equipas multidisciplinares”.
Critica ainda a “opção por soluções construtivas que contrariem os critérios que guiaram a fusão dos hospitais de Coimbra, guiando-se por um modelo de gestão contrário ao estabelecimento de soluções do tipo Parcerias Público-Privadas (PPP)”.
Numa declaração de voto, o líder da bancada social-democrata, Nuno Freitas, criticou fortemente a sua aprovação, considerando que a CDU será “responsável por não haver nada [construção de maternidade]” nos próximos anos, imputação rejeitada pela bancada através do uso da figura da “defesa da honra”.
O “bate boca” entre o social democrata Nuno Freitas e o comunista Pinto Ângelo foi o momento mais animado da sonolenta sessão municipal.
O deputado do PSD considera que “esta trapalhada” de mudança de local atrasa a construção do futuro equipamento de saúde e acusou ainda o PS de não conseguir ter uma solução para o local da nova maternidade.
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