Coimbra
Coimbra quer manter trabalho feito com candidatura a Capital Europeia da Cultura
O presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, afirmou hoje que, apesar de a cidade ter saído da corrida a Capital Europeia da Cultura 2027, o município vai continuar o trabalho feito com a candidatura.
As cidades de Ponta Delgada, Braga, Aveiro e Évora são finalistas a Capital Europeia da Cultura em 2017, de um total de 12 candidaturas, anunciou hoje a organização, em Lisboa.
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“Queremos dar os parabéns às quatro cidades que foram escolhidas – naturalmente, tinham bons projetos – e assegurar que todo este trabalho desenvolvido nestes quatro anos vai ser continuado, apenas com o sobressalto de não podermos ter o título de Capital Europeia da Cultura em 2027”, afirmou à agência Lusa José Manuel Silva.
O presidente da Câmara de Coimbra comprometeu-se a concretizar os objetivos estipulados no ‘bid book’ (documento de candidatura), notando apenas que, com a ausência do financiamento associado à Capital Europeia da Cultura, a sua execução será “um pouco mais lenta”.
“A estratégia foi desenhada e contribuirá para transformar Coimbra através da cultura. Não vamos esmorecer”, acrescentou.
Questionado pela agência Lusa se este resultado irá obrigar a uma reflexão sobre o caminho escolhido, José Manuel Silva referiu que o município irá agora consultar o relatório do júri e fazer “uma autocrítica para perceber o que correu menos bem”, apesar de frisar que acredita que “foi feito um bom trabalho” com a candidatura.
“Iremos continuar a intensificar o nosso trabalho, no sentido de demonstrarmos que temos capacidade para concretizar o que está no ‘bid book’ e que temos qualidade para, um dia, sermos Capital Europeia da Cultura”, disse.
José Manuel Silva salientou que o município pretende aproveitar “os quatro anos de reflexão, de audição e de diálogo com todos os agentes culturais do concelho e da região”, que é um trabalho “de imensa qualidade e uma mais-valia” que é necessário aproveitar.
O coordenador do grupo de trabalho da candidatura de Coimbra, Luís de Matos (nomeado pelo presidente do anterior executivo, Manuel Machado), também defendeu, em nota de imprensa, que “o trabalho deve continuar para que não se perca o que se conseguiu”.
Nesse sentido, o mágico apontou para ações concretas, como a requalificação da zona ribeirinha do Mondego, a criação do Conselho Municipal da Cultura, o acolhimento anunciado na segunda-feira da Companhia Paulo Ribeiro ou a vontade de criar um polo internacional do Museu da Língua Portuguesa.
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