Coimbra
Coimbra promove educação rodoviária juntos dos alunos do pré-escolar e do 1º Ciclo do Ensino Básico

A Câmara Municipal de Coimbra apresentou hoje publicamente, no Salão Nobre dos Paços do Município, os traços gerais do Programa Municipal de Educação Rodoviária, que pretende começar a implementar em parceria com os Agrupamentos de Escolas, nas turmas do pré-escolar e do 1º Ciclo do Ensino Básico (CEB) da rede pública concelhia.
Um programa que aposta no desenvolvimento de conhecimentos e competências nas crianças, que promovam a adoção de atitudes e comportamentos adequados no trânsito, enquanto peões, passageiros e futuros condutores. O vereador da Educação da CM Coimbra, Jorge Alves, esteve presente na sessão e deu início à apresentação do projeto aos presentes, entre os quais os diretores ou representantes das direções dos seis agrupamentos de escolas.
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“É de pequenino que se torce o pepino”. Um provérbio português que faz cada vez mais sentido quando se trata de ensinar as crianças hoje, para que sejam melhores cidadãs amanhã. O objetivo do Programa Municipal de Educação Rodoviária é precisamente esse, apostar na educação das crianças para as questões rodoviárias, para que aprendam a ser peões, passageiros e futuros condutores seguros e conscientes e possam, ainda, ajudar os pais e outros familiares a mudarem os maus hábitos e comportamentos no trânsito. O programa é dirigido a todos os quase 5000 alunos do pré-escolar e 1º ciclo das escolas públicas do concelho e vai ser implementado com a ajuda dos educadores, professores e diretores dos agrupamentos de escolas do município.
“O que está aqui em causa é ensinar os mais novos a cumprirem um conjunto de regras e a serem eles os vigilantes do cumprimento dessas regras, porque todos nós sabemos que a grande confusão de trânsito à porta das nossas escolas não tem a ver com os mais novos, tem a ver com quem os leva, que acha que tem que parar exatamente à porta do portão da escola”, considerou o vereador Jorge Alves. “Nós temos que começar a mudar hábitos e muitos de nós já temos algumas dificuldades, como deixar de andar de carro e andar a pé ou de autocarro, estacionar onde se deve estacionar, e portanto ou conseguimos que os mais novos comecem a ter um comportamento cívico e rodoviário diferente ou então há efetivamente muita coisa que nunca vamos conseguir mudar”, acrescentou.
A criação do programa surge porque a CM Coimbra detetou uma série de problemas que necessitam de ser resolvidos para melhorar os hábitos rodoviários e de mobilidade no concelho, tais como o trânsito caótico junto às escolas, a falta de respeito pelo espaço do peão, a utilização abusiva de estacionamentos reservados, a ainda escassa propensão para o uso de transportes públicos e a falta de cultura velocipédica. O programa aposta, por isso, na educação rodoviária das crianças de forma continuada, na promoção da cidadania nos vários contextos de mobilidade e na formação de futuros adultos com hábitos menos automobilizados e condutores mais responsáveis.
Para que esses objetivos sejam cumpridos, o Programa Municipal de Educação Rodoviária aposta em metodologias ativas e participativas, tais como jogos, músicas, trabalhos de equipa, dramatizações, histórias e conversas e debates informais. O programa está divido em duas fases: a primeira, a executar de novembro até ao final do 2º período, tem como tema central “Eu e os outros em segurança”, subdividindo-se em quatro temáticas; a segunda, a implementar no 3º período, centra-se num Concurso de Ideias, que tem como objetivo sintetizar as temáticas abordadas, sensibilizar a comunidade cívica para a educação rodoviária e reforçar as aprendizagens adquiridas. Os trabalhos, a desenvolver pelos alunos nas escolas, serão apresentados, depois, na Semana Europeia da Mobilidade em 2020.
O programa tem uma calendarização, mas que é meramente indicativa, serve só como orientação, deixando liberdade ao docente para a implementação do projeto. O material disponibilizado aos docentes é “pronto a utilizar” e todos os recursos podem ser usados sem ordem pré-definida. As atividades propostas podem ser realizadas em contexto de sala ou no exterior.
“O programa foi construído pelos nossos técnicos, mas também com a colaboração de docentes indicados pelos agrupamentos e, portanto, a componente pedagógica está aqui presente e o nosso objetivo é que durante o próximo período possamos avaliar a forma como o programa pode ser implementado e o resultado dele. E depois, em função dessa avaliação, podemos durante o ano letivo vir a assinar um conjunto de protocolos com os agrupamentos, para que este programa seja claramente assumido pelo concelho em matéria educativa”, concluiu Jorge Alves.
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