Saúde
Coimbra: Problemas da próstata são os que mais preocupam os homens (com vídeo)
Os problemas da próstata são os que mais preocupam os homens, uma vez que estão muito associados à parte sexual. Das várias patologias, o cancro é o que provoca maior receio, sendo ainda a prevenção e o diagnóstico precoce as maiores “armas” para responder à doença.
O cancro da próstata foi um dos temas que esteve em destaque na conversa que decorreu, este sábado, no Exploratório – Centro Ciência Viva de Coimbra, e que procurou mostrar que “Os homens também adoecem”.
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Numa conversa intimista e bastante participada, o médico urologista Sílvio Bollini procurou tirar dúvidas e esclarecer mitos sobre as patologias da próstata, em particular o cancro. Explicou que “os homens também adoecem e são mais difíceis de tratar”. Como “acham que não ficam doentes”, têm mais dificuldade em ir a uma consulta de prevenção, o que dificulta, muitas vezes, os tratamentos.
No caso do cancro da próstata, Sílvio Bollini explicou que, normalmente, “não dá nenhum tipo de sintomas”, sendo por isso muito importante “uma observação e um diagnóstico precoce”, que possam permitir a “realização de um tratamento menos agressivo e com melhores resultados, tanto na parte oncológica como funcional”.
Segundo o médico, os homens quando procuram o urologista vão “com medo, receio e vergonha”. Têm ainda muita vergonha de descrever os sintomas porque, como referiu, “a parte sexual ainda é um tabu muito grande nos homens” e, por outro lado, “também têm medo do que pode estar associado a uma consulta de urologia”, sobretudo alguns exames – como o toque retal – que “mexem” com as suas ideologias.
Comparando o cancro da mama com o da próstata, já que são ambos hormonais, Sílvio Bollini explicou que há uma grande evolução a nível dos tratamentos no caso da mama, sendo esse percurso que está a ser trilhado também agora no caso do da próstata, com novos tipos de tratamento em estudo.
A questão da hereditariedade foi também levantada e é, de facto, algo a valorizar, sobretudo nos casos de doentes mais jovens, com doença mais agressiva e com mais do que um familiar com a patologia. Em idades mais avançadas, a partir dos 75, essa questão genética deixa de ser considerada um risco.
Apesar de alguma exceção, até aos 40 anos a probabilidade de ter cancro da próstata “é extremamente baixa”, sublinhou.
Como a doença não dá sintomas, Sílvio Bollini recomenda que os homens procurem o médico de família para fazer as análises e os exames necessários para um diagnóstico precoce. “O PSA é um bom polícia sinalizador, juntamente com o toque retal, e pode fazer um rastreio dos doentes que devem ser observados numa consulta de urologia especializada na tentativa de fazer um diagnóstico precoce, permitindo assim um tratamento mais personalizado e com menos efeitos adversos”, alertou.
Esta foi mais uma conversa do ciclo “Conversar é o melhor remédio”, promovido pelo Exploratório e pelo Centro Cirúrgico de Coimbra.
Veja o vídeo do direto NDC:
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