No mesmo dia em que o homem pisou a Lua – 20 de julho de 1969 – o professor Alexandre Linhares Furtado realizou, em Coimbra, o primeiro transplante de órgãos vitais em Portugal, lançando as bases de uma nova era na medicina portuguesa.
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O concerto em sua homenagem aconteceu, este sábado, 20 de julho, com a presença de mais de um millhar pessoas .
Com este evento, a Orquestra Clássica do Centro deu início às celebrações dos 55 anos do 1.º transplante realizado em Portugal e que se prolonga até 20 de Julho do próximo ano, num reconhecimento da obra notável e única de alguém que colocou a cidade e o país no centro das atenções a nível mundial.
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A homenagem contou com a presença da ministra da Saúde, Ana Paula Martins, que considerou Alexandre Linhares Furtado como um dos “Príncipes da Medicina Portuguesa”.
A governante salientou, ainda, que o homenageado “serviu o seu Serviço como médico distinto e como director de serviço respeitado e inovador; serviu o Hospital, elevando-o a um patamar de excelência internacional na urologia e na transplantação; serviu Portugal pelo seu exemplo e pela modernidade dos vários tipos e modelos de transplante que exigiu a si próprio ser pioneiro; serviu a sua Faculdade e a sua Universidade nos mais variados cargos e lugares com brilho e competência invulgares. É um pedagogo e um mestre que partilha conhecimento, publica a sua experiência acessível a quem nela tiver interesse. Ensina tudo o que sabe aos seus colaboradores, fazendo deles os seus discípulos e colegas do conhecimento”.
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Linhares Furtado é um cultor de cidadania e de participação em organismos da cidade, como se demonstra pela sua ajuda à Orquestra Clássica do Centro. Simultaneamente é um homem generoso, que através da cultura e da arte, transfere para quem o conhece, as suas maiores qualidades de musicólogo e através da pintura, as qualidades humanas da sua vida familiar e profissional.
É um médico de Coimbra, mas um investigador do mundo; é um património do SNS e um dos seus mais notáveis protagonistas.
Linhares Furtado esteve ao seu lado num momento fundacional da moderna legislação, o que incentivou a prática da transplantação em Portugal, colocando o nosso país ao lado dos países mais desenvolvidos da Europa”, recordou a ministra da Saúde.
Marcaram presença na homenagem, entre outros, o secretário regional dos Assuntos Parlamentares e Comunidades do Governo Regional dos Açores – José Andrade, o presidente da Câmara Municipal de Coimbra – José Manuel Silva, o presidente do Conselho de Administração da ULS de Coimbra – Alexandre Lourenço, o director da Faculdade de Medicina de Coimbra – Carlos Robalo Cordeiro, o presidente da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra – António Amaral, e o bastonário da Ordem dos Médicos – Carlos Cortes, todos eles integrando a Comissão de Honra desta Homenagem a concretizar durante o ano de 2024/25.
A Comissão organizadora, representada na pessoa de Maria José Bandeira e a Direcção da Associação Orquestra Clássica do Centro, congratularam-se pelo êxito alcançado neste concerto de Homenagem. “Há Pessoas que fazem a diferença pela grandeza de carácter, pela capacidade de liderança que só lhes advém da generosidade no servir ideais, sonhos que têm como princípio e fim de tudo – os outros, as pessoas. O Prof Doutor Linhares Furtado – grande Senhor da Medicina, amante incondicional das Artes e um Amigo de todas as horas. Homenageá-lo só dignifica quem tem o privilégio de contribuir para que isso aconteça. Saibamos merecê-lo”, referiu Emília Martins, presidente da Direcção da Associação Orquestra Clássica do Centro
A Orquestra Clássica do Centro interpretou para além Sinfonia “Do Novo Mundo” – de Antonín Dvořák, obras de Mozart, Luigi Denza, Giuseppe Verdi e temas tradicionais como Olhos Negros (Açoreano) ou a Balada da Despedida de Fernando Machado Soares) – do Curso Médico do Prof A. Linhares Furtado.
Solistas convidados foram a soprano Helena Barros e o tenor Marcelo Alexandre. Participaram ainda o Coro dos Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra, o Coro de Pais e Encarregados de Educação da EACMC o Choral Poliphonico de Coimbra e o Coro do Conservatório Regional de Coimbra. A direção musical foi de Henrique Constância.
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