Gestão da dor oncológica em doentes cirúrgicos distinguida por associação de enfermeiros especialistas
Prémio para melhor trabalho de implementação de evidência no contexto da prática clínica em Enfermagem Médico-Cirúrgica foi atribuído a projeto da Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (acolhida pela Escola Superior de Enfermagem de Coimbra), em parceria com o Instituto Português de Oncologia.
Um projeto de implementação de evidência científica no controlo da dor oncológica em doentes cirúrgicos, desenvolvido, durante os anos de 2020-2021, numa parceria entre investigadores da Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (UICISA: E) e profissionais do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Coimbra Francisco Gentil, recebeu o “Prémio de Implementação de Evidência no Contexto de Prática Clínica Enfermeiro José António Antunes 2021”, atribuído, no final do mês de outubro, pela Associação de Enfermeiros Especialistas em Enfermagem Médico-Cirúrgica (AEEEMC).
Coordenado pela investigadora da UICISA: E – centro de investigação acolhido pela Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) –, Cristina Costeira (atualmente, professora adjunta da Escola Superior de Saúde do Politécnico de Leiria) e pela enfermeira especialista Isabel Morais (Gabinete de Estomaterapia do IPO de Coimbra), este projeto de implementação de evidência visou assegurar ganhos efetivos na gestão da dor das pessoas com cancro e nos cuidados que lhes são prestados, melhorando a qualidade de vida destes doentes oncológicos submetidos a cirurgia e corresponsabilizando-os no processo de autogestão de dor.
«O impacto deste projeto na qualidade de vida do doente e cuidador são inequívocos, assim como na qualidade dos cuidados prestados. A preocupação em prevenir situações de descontrolo álgico (relativo à dor) e desenvolver ferramentas que permitam a sua gestão adequada, são aspetos potenciados pelo projeto, assim como a possibilidade de implementar a evidência científica recente em gestão de dor oncológica», afirma a enfermeira e corresponsável pelo projeto, Cristina Costeira.
Por outro lado, realça a investigadora, «uma situação de dor eficazmente gerida contribui para a diminuição de custos diretos e indiretos em saúde, para os doentes, cuidadores, profissionais e mesmo para as instituições de saúde».
Otimização de recursos, tempo e efetividade de resultados.
«O facto de o projeto permitir uma uniformização de cuidados prestados aos doentes/cuidadores com dor oncológica pela equipa de saúde irá melhorar a organização dos serviços, na otimização de recursos, tempo e efetividade de resultados pretendidos», assevera Cristina Costeira.
O “Prémio de Implementação da Evidência no Contexto da Prática Clínica Enfermeiro José António Antunes”, recentemente atribuído pela AEEEMC (durante o V Congresso Internacional de Enfermagem Médico Cirúrgica, na Figueira da Foz), pretende reconhecer e incentivar a implementação da evidência científica nos contextos da prática clínica especializada em Enfermagem Médico-Cirúrgica, nomeadamente nas áreas de Enfermagem à Pessoa em Situação Crítica, à Pessoa em Situação Crónica, à Pessoa em Situação Paliativa e à Pessoa em Situação Perioperatória.
O galardão tem como objetivo premiar o melhor trabalho de implementação de evidência no contexto da prática clínica especializada em Enfermagem Médico-Cirúrgica, apresentado a concurso.
Além de Cristina Costeira e de Isabel Morais, participaram, ainda, neste trabalho os enfermeiros Dulce Helena Carvalho, Ana Filipa Sousa, Ana Oliveira e Ivo Paiva.
O projeto de implementação foi desenvolvido no âmbito do 1º JBI-Evidence Implementation Training Program (Curso de Formação de Implementação de Evidência) oferecido pelo Portugal Centre for Evidence Based Practice: a JBI Centre of Excellence, centro acolhido pela UICISA: E/ESEnfC.
O trabalho foi supervisionado pelo professor coordenador da ESEnfC, Rogério Rodrigues, e pela investigadora da UICISA: E/ESEnfC, Daniela Cardoso.
Related Images:
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE