O presidente da Fundação ADFP- Assistência, Desenvolvimento e Formação Profissional, Jaime Ramos, afirmou, na manhã desta terça-feira, que graças à colaboração da instituição “Coimbra pode afirmar que ninguém dorme na rua”, acrescentando que não foi a ADFP que pediu apoio à Autarquia de Coimbra, mas o contrário.
O médico, que falava durante a conferência de imprensa sobre as respostas da Casa Dignidade à problemática das pessoas em situação de “sem abrigo”, acrescentou que em 2020, “perante a epidemia e a situação de abandono das pessoas em situação de sem abrigo, a Câmara Municipal de Coimbra, presidida por Manuel Machado, solicitou à Fundação para garantir um serviço de acolhimento de emergência. Não foi a ADFP que pediu, que se candidatou, foi a autarquia que solicitou esse serviço”.
Refira-se que há uma semana a proposta de atribuição de 50 mil euros para o Centro de Acolhimento de Emergência Noturno à Fundação ADFP – Assistência, Desenvolvimento e Formação Profissional levantou polémica na reunião de Câmara, com os vereadores do PS a criticarem e votarem contra.
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“Desconhecemos a razão porque a Câmara, presidida pelo Dr. Manuel Machado, decidiu pedir à Fundação este acolhimento de emergência e não a outras instituições. O Dr. Manuel Machado e o Dr. Jorge Alves poderão explicar porque nos pediram ajuda para resolver este dramático problema de garantir acolhimento de emergência, numa situação de pandemia”.
Sem nunca fazer referência às críticas diretas, Jaime Ramos disse que a instituição apenas conta com um apoio financeiro da Autarquia de Coimbra muito inferior ao custo real do serviço que presta, frisando que “não foi a Fundação que pediu apoio à Câmara”, realçando que o Centro de Acolhimento de Emergência Noturno para Pessoas Sem Abrigo é fonte de prejuízos para a Fundação.
Através deste serviço, a Casa Dignidade presta serviço de acolhimento, responde às pessoas em situação de sem abrigo que são indicadas pela Câmara Municipal e Segurança Social/ NPISA (Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem Abrigo).
“Nós garantimos o teto para que ninguém fique na rua. Diariamente garantimos cuidados a um número variável de pessoas. No mínimo respondemos a 16 pessoas sendo a capacidade máxima de 35 por noite”, frisou, acrescentando que que são vários os serviços que são prestados: transporte diário de e para Coimbra, higiene pessoal diária, lavagem de roupa pessoal, doação de roupa e calçado de acordo com as necessidades, bem como de máscaras, jantar, ceia e pequeno almoço.
O responsável defende um projeto sem abrigo zero que promova a dignidade das pessoas doentes, enfatizando que “estas pessoas precisam de cuidados de saúde de proximidade, teto, comida, higiene e atividades ocupacionais”.
“Para além da saúde tem de haver um envolvimento da Segurança Social, do Instituto de Emprego e Formação Profissional, da Câmara Municipal com participação das organizações de solidariedade social”, frisa.
Veja os diretos NDC:
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