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Coimbra: Paulo Rangel sobrevoou áreas ardidas. Tem “preocupações enormes” quanto à época de incêndios
O cabeça de lista do PSD às europeias, Paulo Rangel, afirmou hoje ter “preocupações enormes” quanto à preparação da época de incêndios, estranhando que em dois anos o Governo “não tenha conseguido” resolver os problemas com o SIRESP.
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No final de um voo de helicóptero de cerca de uma hora pelas zonas ardidas em 2017 – com destaque para as áreas de Pedrógão, Pampilhosa da Serra, Oliveira do Hospital, Tábua e Lousã -, Rangel teve ao seu lado o especialista Xavier Viegas, diretor do Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais, que deixou também sinais de preocupação.
“Infelizmente, mesmo nestas áreas ardidas não se vê muito trabalho de recuperação, de ordenação da floresta, de modo a podermos estar descansados. Em toda esta região vemos que está a regenerar-se o eucalipto. Sem qualquer gestão vai se acumular combustível que, em dois ou três anos, pode permitir que haja propagação de incêndios com grande violência e dificuldade de controlo”, alertou, em declarações aos jornalistas no aeródromo da Lousã.
Questionado se uma eventual nacionalização do SIRESP (Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal), como admitiu o primeiro-ministro, será uma solução, Rangel defendeu que “o que é preciso é que no terreno as pessoas tenham uma resposta”.
“Os portugueses não querem saber se o SIRESP é público ou é privado, querem é que preste um bom serviço aos cidadãos”, afirmou.
O candidato apontou que “houve sempre uma irritação do primeiro-ministro com o SIRESP”, considerando que os relatórios mostram “que não tinha assim tanta razão” e questionou o ‘timing’ das negociações entre o Governo e esta entidade.
“Dois anos para tomar esta decisão? O primeiro-ministro já diaboliza do SIRESP há dois anos e nesses dois anos não foram capazes de fazer nada. Chegamos a 14 de maio 2019 e estamos como estávamos em outubro de 2017”, criticou.
Para Paulo Rangel, tal mostra “incompetência e incapacidade de previsão”.
“Desejamos que tudo corra bem, mas com este tipo de impreparação evidentemente que as coisas podem acontecer”, alertou.
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