Coimbra

Coimbra: Obras na margem direita para virar a cidade para o rio Mondego

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 04-03-2021

Os trabalhos de furação e execução das microestacas já tiveram início esta semana na obra de requalificação da margem direita do rio Mondego, entre a Ponte de Santa Clara e o Açude-Ponte de Coimbra. Este é um momento muito relevante para o avanço desta empreitada municipal, que representa um investimento de cerca de 10M€, e visa executar novos muros de contenção do rio e requalificar toda a margem das avenidas Cidade de Aeminium e Emídio Navarro, aumentando a segurança, a beleza, os espaços pedonais e verdes e a fruição desta zona ribeirinha. A autarquia prossegue, assim, com a estratégia de virar a cidade para o rio Mondego e de o colocar ao usufruto da população, num investimento global que, nos últimos sete anos, já ascende previsivelmente a 30M€, avança a Câmara Municipal de Coimbra.

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Continuam em curso e a decorrer a bom ritmo os trabalhos de execução dos novos muros na margem direita do rio Mondego. Uma obra que se iniciou em agosto e está entregue à empresa Alberto Couto Alves, S.A., que venceu o concurso público.

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Esta empreitada, que representa um investimento de cerca de 10M€, e é parte integrante da estratégia da autarquia em valorizar as zonas ribeirinhas do Mondego, prevê a execução dos muros de contenção na margem direita, mas também a requalificação das avenidas Cidade de Aeminium e Emídio Navarro. A obra inclui trabalhos de terraplenagem e pavimentação, a reformulação das redes de saneamento, eletricidade e iluminação pública e a execução de trabalhos de sinalização rodoviária e de integração paisagística. O projeto de arquitetura prevê também a definição de zonas de estar mais amplas, destinadas aos peões, e de relação com o plano de água – nomeadamente a reformulação das atuais rampas de acesso ao rio –, bem como a criação de zonas verdes, com coberto arbóreo.

Desde agosto, altura em que a empreitada foi consignada, que já foram executados trabalhos de sondagens geoarqueológicas; identificadas as redes de infraestruturas existentes; reposicionadas as paragens dos transportes coletivos; realizado o levantamento de gradeamento e capeamento dos muros; reavaliadas as deteriorações existentes nas fundações dos muros existentes; e executadas microestacas preliminares de ensaio, para validação do método construtivo e da tipologia.

Em execução estão agora as microestacas, para reabilitação da secção corrente do muro de contenção marginal, assim como trabalhos de implementação do novo traçado de cabos de média-tensão entre a Ponte de Santa Clara e a Estação Nova; de criação de estruturas de contenção e fundação da nova circulação pedestre entre a estação e as ruas dos Oleiros e do Arnardo, com colocação de enrocamento e betonagem submersa para criação das novas plataformas; e pré-fabricação de elementos de contenção em betão armado, para alargamento do trecho entre as ruas Padre Estevão Cabral e do Arnado, de modo a assegurar um percurso pedonal junto ao rio. Nas próximas semanas vão iniciar-se também trabalhos de contenção dos descalçamentos dos muros existentes em betão ciclópico submerso.

Esta intervenção representa um investimento de 9.950.746,21 euros (IVA incluído), com um prazo de execução de 540 dias, tendo a obra comparticipação europeia de 85%, através do POSEUR, no âmbito do quadro comunitário de apoio Portugal 2020, assegurando o Município de Coimbra a contrapartida nacional (15%).

Em agosto, na consignação da obra, o presidente da CM Coimbra, Manuel Machado, realçou a importância desta empreitada. “Esta obra é muitíssimo importante porque integra um projeto estratégico para Coimbra que é – volvido este tempo todo, com o encanamento do rio, afastamento da cidade e das pessoas do rio – conseguir casar as margens do rio e evidenciar o quanto gostamos, respeitamos e valorizamos o rio. E essa é melhor riqueza para a nossa cidade”, afirmou. “Apesar das dificuldades e dos contratempos, das coisas menos felizes que ocorreram, designadamente a falência de uma empresa, não desistimos”, concluiu Manuel Machado.

A autarquia prossegue, assim, com a estratégia de virar a cidade para o rio Mondego e de o colocar ao usufruto da população, num investimento global que, nos últimos sete anos, já ascende previsivelmente a 30M€.

Os investimentos mais significativos estão já em curso, designadamente a requalificação do Parque Manuel Braga e respetivos muros (4,8M€) e a requalificação da margem direita do rio, entre a Ponte de Santa Clara e o Açude-Ponte (10M€). Em fase avançada dos procedimentos estão também a estabilização da margem esquerda do rio Mondego, entre a Ponte de Santa Clara e o Açude-Ponte e a requalificação de ambas as margens na zona do Parque Verde (4,6M€); assim como a execução do novo Parque Municipal de Skate, que irá nascer sob o viaduto da ponte Rainha Santa Isabel, na margem direita (500.000€).

Às anteriormente mencionadas, acrescentam-se os já concluídos desassoreamento do leito do rio (4M€); a construção da nova ponte na Praia Fluvial de Palheiros e Zorro (580.000€); a nova ponte pedonal e ciclável sobre o Mondego, junto ao Açude-Ponte (647.000€); a requalificação da Praça das Cortes (421.000€); a intervenção na Av. João das Regras (361.000 euros); a conclusão do parque de estacionamento do Convento São Francisco (1,5M€); a nova via de ligação da Fernão de Magalhães à Padre Estevão Cabral (517.000€); a ampliação das “docas” (1M€); e a ciclovia de Coimbra, que liga Coimbra B ao Vale das Flores e à Portela, num percurso de quase 20km (2,2M€). No Rebolim foi realizada a limpeza de vegetação, de lixeiras e de outros detritos sobrantes da antiga extração de areias, melhorados profundamente os acessos, criada uma área de estacionamento, instaladas infraestruturas elétricas, telecomunicações e rede de abastecimento de água, limpo o amplo areal e colocados sanitários, sendo este um trabalho contínuo que se vai retomar brevemente para garantir todas as condições desta zona na próxima época balnear.

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