Coimbra

Coimbra: Grupo de Arqueologia e Arte do Centro relança 16 anos depois a revista Munda

Notícias de Coimbra com Lusa | 12 meses atrás em 30-11-2023

Imagem: Facebook

A revista científica Munda, propriedade do Grupo de Arqueologia e Arte do Centro (GAAC), retoma a publicação na próxima semana, em Coimbra, 16 anos após ter saído o último número da primeira série.

O GAAC nasceu em 1981, com uma forte representação de jovens docentes e investigadores da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC), e a Munda foi lançada em 1981, por iniciativa do primeiro diretor, Mário Nunes, que na época liderava a associação, tendo cessado a publicação em 2007.

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“O mundo mudou muito desde então e outras publicações dedicadas ao património cultural, arqueológico e artístico foram surgindo no país, mas nenhuma delas substituiu a profunda e dinâmica relação que o GAAC e a sua revista estabeleceram com a sociedade civil conimbricense e beirã. É este o espaço que pretendemos continuar a ocupar”, escreveu o novo diretor, António Apolinário Lourenço, no exemplar que inaugura a segunda série.

Apolinário Lourenço disse à agência Lusa que os atuais responsáveis do GAAC e da revista “têm um enorme respeito pela herança que receberam, porque foi realizada no passado uma obra extraordinária, que incluiu investigação e trabalho de campo em vários sítios arqueológicos”, além da realização de congressos e “um conjunto de eventos culturais e artísticos com grande eco” em Coimbra e na região Centro.

“Queremos ser fiéis a esse passado e temos estado a reintegrar nas atividades do GAAC muitos dos membros que, entretanto, se afastaram, assim como a cativar novos sócios que se identifiquem com os objetivos da associação. Está reservado à Munda um importante papel neste reagrupamento”, adiantou.

Para o também professor da FLUC, especialista em literatura portuguesa e espanhola, “a principal inovação da nova série da Munda é a criação de uma secção temática, que coexiste com outra mais generalista, enquanto na série anterior não existia um tema de referência, mas um conjunto de artigos, geralmente de grande relevo académico, mas não subordinados a uma temática específica”.

Neste reaparecimento, a revista, com 170 páginas, passa também a incluir “uma secção dedicada à vida interna do GAAC, uma espécie de agenda das atividades realizadas”, disse o diretor à Lusa.

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Neste número, a secção é dedicada “aos retratos falados e visuais da cidade de Coimbra”, onde o GAAC tem a sede.

“Compõe-se este núcleo temático de quatro artigos, todos, no fundo, transmitindo as impressões visuais da cidade, seja pela ótica de visitantes e residentes estrangeiros, seja através da reprodução de velhos retratos pertencentes à coleção privada de Alexandre Ramires”, de acordo com o editorial, que realça também a qualidade das colaborações de Josemi Lorenzo Arribas, Sergio Pérez Martín, Pedro Miguel Gon e Ana Marques neste capítulo.

Apoiada pelo município de Coimbra, esta edição inclui ainda três artigos na área específica da arqueologia, de Carlos d’Abreu, Román Hernández Rodriguez e João Paulo Almeida e Sousa.

O lançamento da nova Munda realiza-se na Casa Municipal da Cultura, em Coimbra, no dia 06 de dezembro, às 18:30, com intervenções do historiador Amadeu Carvalho Homem e de Francisco Rodeiro, presidente da Junta de Santo António dos Olivais, bem como de Apolinário Lourenço e Valdemar Rosas, presidente do GAAC.

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