Câmaras
Coimbra foi ver os novos senhores do poder local
Um “mar de gente”, usando uma expressão que os media da capital costumam usar quando não sabem contar o número de pessoas que assistem ou participam num evento, assistiu à tomada de possa da Assembleia e Câmara Municipal de Coimbra.
O presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado, assegurou hoje, no discurso da sua tomada de posse, que a cidade “não será mais cúmplice de quem a quer menorizar” e que “deixará de ser subserviente”.
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Perante o poder central, “perante quem quer que seja, Coimbra não será mais cúmplice de quem a quer menorizar, nem voltará a ser humilhada por ninguém”, afirmou Manuel Machado, eleito em 29 de setembro, pelo PS, presidente da Câmara de Coimbra, cargo que já tinha ocupado entre 1990 e 2001.
“Coimbra vai ter outra vez voz própria” e “voltará a comandar o seu destino”, sublinhou o autarca, garantindo: “Estamos civicamente despertos, tecnicamente preparados e politicamente determinados a lutar por uma cidade mais justa e acolhedora, que corresponda às aspirações dos munícipes e contribua positivamente para o desenvolvimento de Portugal”.
A cidade possui “serviços de excelência na área da saúde” e Machado quer, sobretudo, “potenciá-la como cidade saudável em todos os domínios”.
Prometeu ainda “fazer tudo” quanto em si “caiba para recriar a esperança em Coimbra e abrir caminho à felicidade dos conimbricenses”.
Todos têm lugar no “novo projeto para valorizar Coimbra”, começou por sublinhar, na sua intervenção, ao final da manhã de hoje, Manuel Machado, dirigindo-se “a todos os cidadãos do concelho”, a “todos os agentes de desenvolvimento, sobretudo aos empresários”, aos “funcionários e técnicos municipais” e aos “autarcas eleitos, a todos, também aos da oposição”.
Prometendo que quer “fazer política para as pessoas e com as pessoas”, o sucessor do social-democrata João Paulo Barbosa de Melo disse que irá “introduzir coesão no executivo municipal, nomeadamente através do trabalho político com todos os vereadores, deputados municipais e presidentes de juntas de freguesia, incluindo os dos outros partidos que se disponibilizem para o trabalho autárquico a bem da comunidade”.
Durante este mandato, os vereadores da Câmara de Coimbra “não serão técnicos”, serão “políticos que irão coordenar os serviços municipais e municipalizados”, salientou.
“Comigo, não haverá nem ambiguidades, nem promiscuidades: o vereador vereia, o diretor dirige”, assegurou o presidente do município, considerando que a si caberá “a função essencial de liderar a equipa e o projeto para Coimbra”, querendo “ainda servir como um provedor do munícipe”.
A redução da “fatura da água (que mais do que duplicou nos últimos 12 anos)”, a devolução aos “contribuintes de parte das parcelas municipais do IRS e do IRC que a Câmara recebe” e a redução de “taxas e outros impostos municipais” são algumas das medidas que Manuel Machado anunciou na sua campanha eleitoral e que hoje disse que irá concretizar.
Além do presidente, o executivo municipal de Coimbra é formado por outros quatro eleitos do PS, quatro vereadores da coligação PSD/PPM/MPT, um da CDU e um do movimento Cidadãos por Coimbra.
Luís Marinho (PS) é o novo presidente da Assembleia Municipal de Coimbra, tendo como secretários Amélia Moura Ramos (PSD/PPM/MPT) e Vítor Carvalho (PCP/PEV). A AMC é o forum de Coimbra, a casa onde o povo de Coimbra discute os seus problemas, sintetiza o sucessor de Manuel Porto.
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