Coimbra
Coimbra explica o motivo de alguns prados não estarem a ser regados ou cortados
A Câmara Municipal (CM) de Coimbra lançou esta sexta-feira, dia 9 de junho, uma campanha informativa sobre a importância dos prados em meio urbano. Tem por base um projeto de reconversão de espaços verdes, com matriz pedagógica, passa por serem colocadas placas explicativas em oito espaços verdes do concelho, que informam o porquê de alguns prados não estarem a ser regados ou cortados.
“Este prado não está a ser cortado (ou regado) … É mesmo assim!” é mote da campanha, que foi apresentada esta manhã, na ciclovia do Vale das Flores, junto ao Centro de Saúde do Vale das Flores, pelo presidente da Câmara, José Manuel Silva, e pelo vereador responsável pelos Espaços Verdes e Jardins, Francisco Queirós.
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É mesmo assim. O prado não está a ser cortado para promover o equilíbrio com os insetos polinizadores, para que possa florir e ressemear, porque é área de polinização ou para que possa florir e fazer o seu ciclo natural de sementeira. E também não está a ser regado, é mesmo assim, para se sentirem as estações do ano do clima mediterrânico, para fazer o seu ciclo biológico normal, porque é o seu ciclo natural em clima mediterrânico ou porque a água é um bem que temos de preservar e as espécies plantadas não necessitam de excesso de água.
Estas frases vão acompanhar as placas informativas que serão colocadas em oitos espaços verdes do concelho. Uma das frases fará referência à polinização, outra à economia de água e outra ao ciclo natural das plantas.
A manutenção destes espaços e a criação deste projeto informativo é da responsabilidade da Divisão de Espaços Verdes e Jardins da CM de Coimbra. A campanha vai estar em curso no talude da ciclovia do Vale das Flores, no espaço à saída da Ponte Rainha Santa Isabel, no separador da Avenida Bissaya Barreto (junto ao BCG), na Pista BMX, no talude do Centro Escolar Solum Sul, no Jardim Mendes Silva, no triângulo na rua Jorge Anjinho e nos triângulos do Jardim da Casa do Sal.
Esta é a última ação que faltava implementar na primeira fase de execução do Plano Municipal de Redução e Contingência para o consumo de água de rega de Espaços Verdes para 2023. Um plano que pretende reduzir mais o consumo de água de rega, na ordem dos 10%, relativamente a 2022, ou seja, um consumo total abaixo dos 120.000m3.
Os prados existentes nos espaços verdes urbanos são um revestimento superficial natural, geralmente compostos por plantas nativas (adaptadas às condições climáticas locais), semeadas, cujo crescimento se vai alterando ao longo do ano. Distinguem-se por não necessitarem de grande quantidades de água e, dada a sazonalidade das plantas, terem um aspeto menos uniforme, podendo parecer pouco cuidados.
O ciclo biológico dos prados faz variar o seu aspeto durante o ano: no outono e inverno parecem relvados e estão verdes, na primavera floridos e pujantes, enquanto na estação seca ficam amarelados, mais parecidos com a nossa paisagem.
A sua importância é muito abrangente, nomeadamente por promoverem o aumento da biodiversidade ao nível de espécies vegetais e insetos. No meio urbano, os prados desempenham, assim, um papel crucial em vários aspetos, como a preservação dos polinizadores, a conservação da água, a redução da necessidade de rega e a promoção da sustentabilidade ambiental.
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