Coimbra
Coimbra: “Esquecer, nunca!” relembra o Holocausto para que as vítimas nunca sejam esquecidas (com vídeos)
O Pavilhão Centro de Portugal acolhe a partir de hoje a exposição “Esquecer, nunca!” que pela imagem, pela voz e pela linguagem universal que é a música, não só lembra as vítimas do Holocausto, como também divulga o papel de quem marcou a história pelas melhores razões, como é o caso do português Aristides de Sousa Mendes.
Esta iniciativa foi desenvolvida no âmbito da parceria da Orquestra Clássica do Centro com os tribunais da Relação do país, contou com o apoio do Município de Coimbra e da Dgartes, e dá continuidade ao programa de colaboração (iniciado em 2020) com o “Projeto Nunca Esquecer – Programa nacional em torno da memória do Holocausto”.
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Emília Martins defende que primeiro que tudo é lembrar aquilo que nunca podemos esquecer, o Holocausto e todas as formas de discriminação e de intolerância e de ódio que caracterizaram esse período e que como sabemos tantas vezes se repetem, o objetivo é lembrar para que não se esqueça, tal como dizia Elie Wiesel, Nobel da Paz e sobrevivente dos campos de concentração .
“Não lembrar as vítimas é matá-las duas vezes”, explica Emília Martins, presidente da Direção da Orquestra Clássica do Centro.
“Criámos um programa em que juntámos a imagem, a voz e a música e no fundo nesse trabalho que temos apresentado nos vários tribunais e transformámo-lo aqui nesta exposição, onde podemos assistir a essas três vertentes. Interpretámos sobretudo compositores que foram mortos em campos de concentração, mas também outros que escreveram sobre esta realidade”, frisa a diretora da OCC.
Este projeto quer levar também uma mensagem sobre a importância da tolerância e diversidade às escolas, reitera Emília Martins, lembrando a citação “Um pai que leva um filho a ser racista, magoa o filho, magoa a comunidade onde vivem, magoa a esperança de um mundo melhor”.
“Esquecer, nunca” foi inaugurada hoje, dia 21 de maio, que é o Dia Mundial da Diversidade Cultural e para o Diálogo e o Desenvolvimento, proclamado pela Assembleia Geral da ONU em 2002, em comemoração da aprovação, em 2001, da Declaração Universal da UNESCO sobre a Diversidade Cultural.
A exposição não esqueceu as memórias do tempo de intolerância política em Portugal, e recolheu também algumas peças e testemunhos sobre o campo de concentração do Tarrafal. Por esta razão, a inauguração contou com a presença do músico e escritor natural do Tarrafal – Mário Lúcio.
A presidente da Direção da Orquestra Clássica do Centro garante que a exposição “Esquecer, nunca!” pode ser visitada por grupos, nomeadamente de escolas e que a expectativa é que se mantenha aberta ao público até Novembro. O bilhete tem o custo “simbólico” de cinco euros, com desconto de 50% para pessoas com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos.
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