Cidade
Coimbra: Escola de Enfermagem lidera formação europeia de enfermeiros para trabalho com migrantes
A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) lidera um projeto europeu que visa preparar futuros enfermeiros para intervirem em contextos multiculturais complexos, designadamente com migrantes e refugiados, anunciou hoje a instituição.
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Intitulado “MulticulturalCare – Educating students through innovative learning methods to intervene in multicultural complex contexts” (“MulticulturalCare – Educar os estudantes através de métodos de aprendizagem inovadores para intervir em contextos multiculturais complexos”), o projeto é apoiado pela Comissão Europeia, através do programa Erasmus+, com uma subvenção de 312 mil euros.
Em comunicado, a ESEnfC explica que a iniciativa, coordenada pela professora Ana Paula Monteiro, tem como objetivo a “formação de profissionais de saúde para o atendimento adequado a migrantes e refugiados”, bem como “populações em contextos culturais diversos”.
“O projeto, com duração de 24 meses, envolve profissionais de mais duas instituições de ensino superior europeias – UC Limburg (Bélgica) e Universidad de Castilla – La Mancha (Espanha) –, peritos nas áreas de enfermagem, psicologia, sociologia, antropologia e ciências da saúde”, adianta.
Na nota, a equipa da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra refere que se verifica “uma necessidade crescente no espaço europeu de formar profissionais de saúde com competências para prestar cuidados de saúde culturalmente sensíveis e congruentes, através de um modelo de formação transnacional”.
“A Organização Mundial da Saúde enfatiza a importância da inclusão social de migrantes, refugiados e requerentes de asilo, reforçando as necessidades de desenvolvimento das competências dos profissionais de saúde em contextos multiculturais”, explica a escola.
Por isso, sublinha, as instituições de ensino superior das áreas de saúde “devem integrar nos planos curriculares dos cursos métodos de aprendizagem de atendimento a estes públicos, para que os alunos estejam preparados para o futuro e atuem como embaixadores em ambientes clínicos que se esforçam para fornecer cuidados de qualidade” nos diferentes contextos.
“Além das recomendações clínicas de boas práticas nesta área, o modelo MulticulturalCare será composto por uma dimensão pedagógica, para estimular os estudantes de enfermagem a pensarem criticamente sobre as realidades que os rodeiam. O que será possível através de cenários de simulação sobre a temática, que serão disponibilizados gratuitamente aos alunos, professores e enfermeiros, em formato de ‘e-book’, como ferramenta didática de aprendizagem”, segundo a ESEnfC, cuja equipa responsável pelo projeto inclui ainda Ana Paula Camarneiro, Beatriz Xavier e Luísa Teixeira Santos.
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