Coimbra
Coimbra deve apostar nos transportes públicos elétricos segundo plano de recuperação económica nacional
Segundo a versão preliminar do documento elaborado pelo consultor António Costa Silva no âmbito da pandemia da covid-19 e a que a Lusa teve hoje acesso, está prevista a expansão das redes do metro de Lisboa e Porto, incluindo a construção de uma nova travessia do Douro a montante da ponte da Arrábida, e uma aposta na mobilidade elétrica.
Ainda em relação a Lisboa, é recomendada a introdução de novas formas de transporte, bem como transportes públicos mais eficientes, atrativos e sustentáveis. No Porto, o documento aponta o reforço da oferta e a expansão dos sistemas de metro ligeiro na área metropolitana, nas zonas em que a procura justifique, e a construção de uma nova ponte para o metro a “montante da Ponte da Arrábida”.
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Ainda em matéria de transportes, mas numa vertente ambiental, o Plano de Recuperação Económica e Social aponta a necessidade de acelerar a mobilidade elétrica das cidades, incluindo dotar as frotas de transportes públicos com veículos de zero emissões, elétricos ou a hidrogénio.
“É crucial para combater a poluição e mudar o paradigma da mobilidade nas cidades, tornando-o mais limpo e mais sustentável. Será também importante melhorar a rede de carregamento de veículos elétricos”, lê-se na proposta.
Para o consultor António Costa Silva, deverá ser apoiada a construção de ciclovias e intervenções no espaço urbano que “promovam e facilitem a mobilidade ativa e a intermobilidade entre a bicicleta e o transporte coletivo”, criando ciclovias “com continuidade espacial até zonas suburbanas”, o que permite “deslocações em segurança”.
Por outro lado, acrescenta, deverá ser reconsiderada a reorganização da circulação nas cidades, “tirando partido da redução nas deslocações devido ao teletrabalho”. A ideia é reconverter espaços destinados ao automóvel para outras funções, como vias de circulação para transportes coletivos, ciclovias e zonas verdes e de lazer.
No início de junho, o Governo confirmou que António Costa e Silva tinha sido convidado para coordenar a preparação do programa de recuperação económica e que este tinha aceitado esse convite “como contributo cívico e ‘pro bono'”.
Segundo o Governo, o objetivo era que o trabalho preparatório estivesse concluído quando o Governo aprovasse o Orçamento Suplementar, altura em que o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, assumiria a “direção da elaboração do programa de recuperação”.
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