Coimbra
Coimbra: “De Fernão se fez António” a 100 dias do final do Jubileu de Santo António e dos Mártires de Marrocos
A 100 dias do final do Jubileu de Santo António e dos Mártires de Marrocos, a organização do evento divulgou nas redes sociais um Documentário sobre a exposição “De Fernão se fez António”.
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O Documentário conta com a participação da diretora do Museu Nacional de Machado de Castro (MNMC), Dra. Ana Alcoforado e do Bispo de Coimbra, D. Virgílio do Nascimento Antunes. A visita guiada pelos tesouros expostos é orientada pela Dra. Virgínia Gomes, curadora da exposição e conservadora do MNMC, numa abordagem museológica e museográfica e pelo Padre Francisco Prior Claro, membro da comissão executiva do Jubileu 2020, numa perspetiva espiritual.
Esta exposição, inaugurada a 2 de fevereiro, decorre de uma parceria que junta o MNMC e o Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) com a comissão organizadora do Jubileu 2020. A exposição pode ser visitada na Antiga Livraria do Mosteiro de Santa Cruz (na galeria superior do Claustro do Silêncio) e fica associada à grande exposição temporária ‘’Guerreiros e Mártires”, que decorrerá no MNAA e no MNMC.
Este núcleo no Mosteiro de Santa Cruz, patente até 17 de janeiro de 2021, centra-se na figura de Santo António, desde a sua vocação, abordando a formação e juventude em S. Vicente de Fora (Lisboa) e em Santa Cruz (Coimbra), até ao momento da mudança de Cónego Regrante de Santo Agostinho para Frade Menor, em que assume a sua missão e testemunho do martírio e, finalmente, a sua universalidade, através do culto por diferentes povos e com formas diversas de expressão.
Esta mostra conta com um acervo de mais de 40 obras de arte, provenientes, na sua maioria, dos museus nacionais de Arte Antiga (Lisboa), Machado de Castro (Coimbra), Grão Vasco (Viseu), Soares dos Reis (Porto) e Frei Manuel do Cenáculo (Évora), bem como peças do Arquivo e Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, Seminário Maior de Coimbra, Igreja de Santo António dos Olivais e Igreja de Santa Cruz, além de outras paróquias e colecções particulares.
Entre os vários tesouros artísticos ganham especial destaque, entre as esculturas, uma escultura luso-flamenga da segunda metade do século XV, representando São Francisco de Assis a receber os estigmas, e uma escultura de Santo António revestido das vestes doutorais de Coimbra, do século XVII. A sala de exposições é presidida pelo impressionante Tríptico de Vasco Fernandes (Grão Vasco), “Lamentação sobre Cristo Morto, São Francisco e Santo António”.
Recorde-se que, por solicitação do Bispo de Coimbra, o Papa Francisco convocou um Jubileu – ou Ano Santo – para a Diocese de Coimbra, durante o ano de 2020. A razão por detrás de um marco tão significativo é o facto de no próximo ano se celebrarem os 800 anos do martírio dos primeiros frades que São Francisco de Assis enviou em missão para Marrocos, e cujas relíquias repousam em Coimbra. O exemplo destes franciscanos influenciou de forma decisiva o jovem padre Fernando de Bulhões, que decidiu deixar o Mosteiro de Santa Cruz e tornar-se franciscano em Santo António dos Olivais, tomando o nome de António: o “nosso” Santo António, de Lisboa, de Coimbra e para o mundo, um dos santos mais notáveis da cristandade.
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