Cidade
Coimbra celebra Dia Internacional dos Monumentos e Sítios com visitas guiadas
A Câmara Municipal de Coimbra vai comemorar o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios no domingo, 18 de abril, “com uma programação centrada na diversidade do património cultural que a cidade tem para oferecer” divulgou hoje o município em nota enviada ao Notícias de Coimbra.
O “público poderá desfrutar presencialmente de visitas guiadas a espaços culturais do concelho, desde visitas gratuitas aos equipamentos culturais que reabriram no passado dia 12 de abril, a várias outras propostas centradas no Património Mundial da UNESCO e em roteiros turísticos temáticos, que promovem o património edificado e a história da cidade.
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O Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, que se assinala no próximo domingo, 18 de abril, vai ser celebrado com iniciativas presenciais. Um programa diversificado, pensado de acordo com a atual situação pandémica e sempre no cumprimento de todas as regras do plano de desconfinamento do Governo e das orientações das autoridades de saúde.
O público poderá, assim, aceder presencialmente a visitas guiadas que decorrerão na Casa-Museu Miguel Torga, na Casa da Escrita eno Museu Municipal de Coimbra – Edifício Chiado, bem como poderá visitar as exposições que se encontram patentes no Convento São Francisco. As visitas guiadas são limitadas à participação de cinco pessoas por cada sessão, e todas as visitas são de acesso gratuito, requerendo apenas uma inscrição prévia obrigatória.As entradas nos equipamentos culturais municipais que reabriram no passado dia 12 de abril serão gratuitas para todos os visitantes.
O Dia Internacional dos Monumentos e Sítios é celebrado desde 1982 e todos os anos é solicitado aos Estados membros da UNESCO que, neste dia, promovam atividades e visitas a sítios históricos, monumentos e museus. “Passados Complexos, Futuros Diversos” é tema deste ano, definido pela Direção-Geral do Património Cultural em colaboração com o Conselho Internacional dos Monumentos e Sítios (ICOMOS – Portugal), e o objetivo passa por se analisar o passado e o património material e imaterial enquanto herança e referência da nossa identidade mas, também, projetar-se um futuro mais solidário e mais inclusivo sensibilizando comunidades e públicos, reforçando laços identitários e criando novas oportunidades, alicerçadas no reconhecimento da importância da cultura e do património enquanto elementos aglutinadores da sociedade.
Numa constante readaptação à conjuntura social, acautelando a saúde e segurança públicas, a CM Coimbra volta, assim, a associar-se à celebração desta iniciativa, com ampla projeção nacional e internacional, potenciando o incremento da procura turística da cidade, tanto na vertente física, como no espaço virtual, e continuando, assim, a afirmar a promoção e a valorização da cidade e do seu património.
A agenda da programação nacional para celebração do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios pode ser consultada no site da Direção-Geral do Património Cultural.
Conheça o programa de Coimbra
Visitas
Dia 18 de abril de 2021 (domingo)
11h00 | Visita guiada à Casa-Museu Miguel Torga e à Exposição Miguel Torga e José Régio na relação com a “Presença” | limitado a 5 pessoas por cada sessão | Inscrição prévia obrigatória (tel. 239702630 – Casa Municipal da Cultura)
Sinopse| Através de documentos que correspondem a uma parte do seu espólio, como fotografias, manuscritos/circulares, exemplares da revista Presença ou, até, de recortes de imprensa da época, a exposição evoca a colaboração do escritor, entre 1929 e 1930, com a revista Presença (fundada por José Régio, Branquinho da Fonseca e João Gaspar Simões, em 1927), bem como as circunstâncias em que se romperam os laços que uniam Miguel Torga à revista.
11h00 | Visita guiada à Casa da Escrita e à exposição comemorativa do Centenário do poeta João José Cochofel Saudade do que há-de vir| limitado a 5 pessoas por cada sessão | inscrição prévia obrigatória (tel. 239853590 – Casa da Escrita)
Sinopse| Localizada no coração da Alta de Coimbra, a Casa da Escrita, tradicionalmente conhecida por Casa do Arco, guarda uma secular história, que se confunde, em muitos tempos, com a vida, a cultura e as gentes da cidade. Adquirida em 2003 pelo Município de Coimbra e reabilitada pelo Arquiteto João Mendes Ribeiro, abriu ao público a 28 de novembro de 2010.
Nela irrompeu o movimento do Neorrealismo, sendo o espaço onde, durante anos, o poeta João José Cochofel, aí nascido, se reuniu com nomes maiores da literatura, das artes e do pensamento político, como Fernando Namora, Carlos Oliveira, Joaquim Namorado, Mário Soares ou Eduardo Lourenço. A exposição “Saudade do que há-de vir”resgata todo o percurso profissional, académico e familiar do poeta, cujo acervo documental também é dado a conhecer ao público durante a visita.
A Casa da Escrita é hoje um espaço cultural multifuncional, onde se pretende recriar esse ambiente de criação literária, produção cultural, livre pensamento e debate de ideias, em que a escrita tem espaço para germinar, tomar forma e ganhar vida.
11h00 | Visita acompanhada à exposição “Entr’acte”, pelo autor, Antoine Pimentel | Edifício Chiado | Inscrição prévia obrigatória | 239840754 ou para este endereço de email.
Exposições
Até 5 de setembro | de quarta a segunda | 15h00 – 20h00| Exposição Nós Europeus – Estação Imagem| Convento São Francisco – Galeria Pedro Olayo (filho) | Ficha Artística/Técnica – Comissário: Luís Vasconcelos; Texto: Álvaro Vasconcelos; Fotografias: Arquivo Estação Imagem; Tradução: Vera Baeta; Revisão: Susana Baeta; Público-Alvo: Todos os públicos; Gratuito
Sinopse|Ainda sonhávamos com a Europa e a Europa era aqui, nas cidades que habitávamos, nos campos que ainda íamos lavrando, nas traineiras que restavam, nos barros que moldávamos ou nos cantos com que sublimávamos a nossa eterna saudade. A Europa era cá dentro, nos sonhos e dores partilhadas, nas ameaças dos vírus e dos ódios, nas infindáveis crises financeiras, na crise ecológica abrasadora da terra que se pisa, nas desigualdades que nos dividem, no desespero que impende na procura da hospitalidade, mas também na utopia partilhada de uma Europa unida, democrática e fraterna.
Até 30 de junho | de quarta a segunda | 15h00 – 20h00 | Exposição 1825 Dias no Convento, João Duarte | Convento São Francisco | Público-Alvo: Todos os públicos | Gratuito
Sinopse| Desde que o Convento São Francisco reabriu as suas portas à cidade, a 8 de abril de 2016, João Duarte tem fotografado, intensamente, os espetáculos de música, de dança, de teatro e de tantas outras áreas artísticas, apresentados no âmbito da programação cultural deste equipamento municipal. Além do interesse estético do conjunto de imagens em exposição, 1825 dias no Convento tem também um sentido de arquivo. As imagens de João Duarte permitem-nos construir uma memória sobre os primeiros anos de atividade do Convento São Francisco, compreender a identidade plural da sua programação e a diversidade de públicos que convoca, bem como a sua importância como lugar de criação e de fruição das artes e da cultura.
“A ideia desta proposta surge do encontro das duas formas de arte que mais me atraíram nestes últimos anos, a fotografia e as artes performativas. Desde a abertura de portas ao público que acompanho a programação do Convento São Francisco. Mas a paixão por este espaço nasce no Workshop de Fotografia de Espetáculo, integrado na programação do projeto Mostra que é Circo, orientado por Márcia Lessa. A exposição 1825 dias no Convento mostra a minha viagem pelos espaços, pelos espetáculos, pelas exposições, pelas instalações, pelos momentos e pelas emoções. Este trabalho mostra também alguns espaços e momentos aos quais o público não tem acesso e que tornam possível toda a ativ.idade cultural” – escreve João Duarte
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