Cidade
Coimbra celebra com manifestação os 40 anos da Revolução dos Cravos
Coimbra celebra os 40 anos da revolução de 1974 com 48 atividades dinamizadas por 53 entidades da cidade, ao longo de mês e meio, contando com uma manifestação a 25 de abril, informou hoje a Comissão de Organização das Comemorações.
A manifestação popular começa às 15:00 na Praça da República e termina no Pátio da Inquisição, com uma intervenção do capitão de Abril Pedro Mendonça e concertos de artistas e grupos a anunciar, contou Alfredo Campos, da direção do Ateneu de Coimbra e membro da comissão de organização.
A manifestação terá o lema “É com Abril, por Abril, sempre! 40 anos”, informou, durante a apresentação do programa de comemorações dos 40 anos do 25 de Abril, no Ateneu de Coimbra.
As tentativas “de leis são cada vez mais contra a Constituição e contra os valores de Abril”, sublinhou Alfredo Campos, querendo que as comemorações sejam “para o presente e para o futuro” e rejeitando “um espírito passadista” em torno da Revolução dos Cravos.
As celebrações começam na quarta-feira, 2 de abril, data em que se assinala a aprovação da Constituição de 1976, sendo que nesse mesmo dia o Conselho Português para a Paz e a Cooperação irá divulgar artigos da Constituição pela cidade.
Até 21 de maio, data em que termina a iniciativa, são apresentadas peças de teatro, ciclos de cinema, exposições de fotografia, debates e concertos.
Entre as atividades programadas, haverá um seminário com jovens cientistas sociais a 23 de abril, uma sessão de poesia de intervenção espanhola no Ateneu, no mesmo dia, uma conversa com deputados na Oficina Municipal do Teatro, a 27 de abril, e um debate no Conservatório de Música de Coimbra, em torno das conquistas de Abril, organizado pela Associação de Pensionistas e Reformados (Apre!), a 08 de maio.
Na véspera do feriado, a 24 de abril, haverá uma festa no Ateneu de Coimbra, que termina de madrugada e que contará com música, poesia e teatro.
A 25 de abril, é lançado o livro “25 de Abril em Coimbra”, no Auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra, o Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra faz uma performance em frente da Câmara Municipal de Coimbra, a companhia O Teatrão apresenta a peça “Conta-me como é”, terminando o dia com um concerto do Coro Misto da Universidade de Coimbra e do Orfeon Académico de Coimbra no Teatro Académico Gil Vicente.
As entidades presentes, que deverão encabeçar a manifestação popular marcada para 25 de abril, “são bastante diversas”, contou Alfredo Campos, havendo companhias de teatro, associações relacionadas com a defesa de direitos, sindicatos, entidades institucionais, como a Câmara de Coimbra ou a Universidade, ou associações culturais.
“Passaram-se muitos anos sem comemorações dignas do 25 de abril na cidade”, salientou José João Lucas, da SOS Racismo e membro da comissão de organização, referindo que, nos anos 1990, “as pessoas foram-se desligando destes princípios e valores”.
Para o membro da organização, surge agora “a necessidade das pessoas mostrarem a sua posição”, sendo a celebração uma forma também de “se reivindicarem direitos”.
Todas as atividades das comemorações são gratuitas.
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