Coimbra
Coimbra assinala 30 anos da morte de Miguel Torga
A Câmara de Coimbra assinala sexta-feira os 30 anos da morte do escritor e poeta Miguel Torga, pseudónimo do médico Adolfo Correia da Rocha, com a apresentação de uma exposição e uma conferência na Casa Municipal da Cultura.
A iniciativa, realizada em parceria com o Ateneu de Coimbra e a Universidade Popular de Coimbra (UPopular), começa com a apresentação da exposição itinerante “Não há pensamento onde não há liberdade”, na Sala do Catálogo da Biblioteca Municipal.
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Patente até 10 de fevereiro, a exposição surge da mostra “Não há pensamento onde não há liberdade”, inaugurada a 19 de abril do ano passado na Casa-Museu Miguel Torga, e da vontade de a tornar itinerante, tendo sido convertida num formato de 10 painéis.
A exposição evoca a dimensão do escritor enquanto lutador pela liberdade, com referência ao seu posicionamento no conturbado período pós 25 de Abril, mas também ao processo original da Polícia Internacional e Defesa do Estado (PIDE), guardado na Torre do Tombo, em Lisboa, do qual Torga tinha cópia, na sua posse, que alguém lhe terá oferecido.
Segundo a Câmara de Coimbra, este e outros documentos, pertença do espólio do escritor, estabelecem e compõem uma cronologia de vivências ao longo da sua vida, que pode ser apreciada na exposição.
O programa que assinala os 30 anos da morte de Miguel Torga prevê ainda, pelas 18:00, na Sala Francisco Sá de Miranda, a realização de uma conferência intitulada “Uma História Trágico-Telúrica. Miguel Torga e a Guerra Civil de Espanha”, proferida por Sérgio Neto, da Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
Nascido em São Martinho de Anta, concelho de Sabrosa (Vila Real), o escritor e poeta Miguel Torga faleceu a 17 de janeiro de 1995, com 87 anos.
Considerado uma das figuras mais marcantes da literatura portuguesa do Século XX, a sua produção literária abarcou vários géneros – poesia, prosa, teatro e não ficção – e os 16 volumes do “Diário”.
Das suas obras, de caráter predominantemente humanista, destacam-se, por exemplo, “Bichos”, “Contos da Montanha”, “Novos Contos da Montanha” ou “A Criação do Mundo”.
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