Cidade
Coimbra: Aspiração de Nuno Freitas mantida intacta pela Jurisdição do PSD
A aspiração de Nuno Freitas em ser o candidato do PSD à presidência da Câmara de Coimbra acaba de ser mantida intacta ao abrigo de recente deliberação do Conselho de Jurisdição Nacional do partido.
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O CJN social-democrata opôs-se à intenção de Rui Rio no sentido de caber à Comissão Política Nacional (CPN) a prerrogativa de escolha dos cabeças das listas para os (18) municípios que são capitais dos distritos.
Dirigentes partidários auscultados por NOTÍCIAS de COIMBRA opinam que o alcance da decisão do Conselho de Jurisdição Nacional do PSD é eminentemente teórico, alegando que, em concreto, é praticamente impossível contrariar as opções de Rui Rio.
Foi imediatamente impossível NDC contactar o líder distrital do PSD/Coimbra, Paulo Leitão (vereador do Município conimbricense e deputado à Assembleia da República).
Para o CJN, a orientação instituída, em meados de Junho, pela CPN (direcção) consiste em “mensagem política, não jurídica”, cabendo aos órgãos partidários de âmbito local e distrital acatá-la ou não.
“Sem que haja uma alteração estatutária, não podem os órgãos do partido criar discriminações negativas ou perdas de direitos que os Estatutos não consagraram”, estipula a sobredita deliberação do CJN social-democrata.
A 18 de Setembro [de 2020], NDC noticiou que o tempo dirá se prevalece a candidatura de Nuno Freitas, líder da bancada do PSD na Assembleia Municipal de Coimbra; volvidos nove dias, NOTÍCIAS de COIMBRA fez saber que Rui Rio descartara a candidatura de Nuno Freitas.
Fontes partidárias resumiram a NDC palavras de Rui Rio, proferidas por ocasião da mais recente reunião do Conselho Nacional do PSD, atribuindo-lhe a seguinte afirmação: se aquilo que pretende é não ser candidato, o anunciado candidato conseguiu o seu intuito.
Há três semanas, sob o título “O tempo dirá se prevalece a candidatura de Nuno Freitas”, foi noticiado que a Distrital de Coimbra do PSD, no cumprimento da sua competência estatutária, poderá homologar a aspiração de Nuno Freitas em se candidatar à presidência da Câmara local.
O artigo 43º. dos Estatutos do Partido Social-Democrata atribui à CPD (Distrital) a prerrogativa de “aprovação das listas de candidaturas aos órgãos das autarquias locais sob proposta da Comissão Política de Secção” (Concelhia).
Há três meses, a Concelhia conimbricense do partido, ao anunciar a indigitação de Nuno Freitas para potencial sucessor de Manuel Machado (PS), prometeu promover, em breve, “o envolvimento directo” dos militantes na “fase decisiva da escolha” de uma equipa para a principal autarquia de Coimbra.
Volvidas três semanas sobre tal anúncio, o dirigente do PSD António Maló de Abreu concedeu ao Diário de Coimbra uma entrevista a reclamar para a CPN, de que ele é membro, a faculdade de escolha dos cabeças de listas para os concelhos que coincidem com capitais de distritos.
Acresce, segundo Maló de Abreu, outra regra, que consiste em “as escolhas só ocorrerem a partir do início de 2021” (a menos de um ano das próximas eleições autárquicas), prazo que colide com o calendário implícito no anúncio feito, no começo de Julho, pela Concelhia conimbricense social-democrata.
Para Carlos Lopes, sucessor de Nuno Freitas na liderança concelhia do PSD/Coimbra, o partido “não pode perder mais tempo e voltar a fazer os mesmos erros do passado”.
Coimbra afunda-se cada vez mais sem alternativas credíveis”, preparadas em tempo útil, opinou Carlos Lopes, em cujo ponto de vista “é a hora de o PSD dar um sinal numa proposta de mudança” dirigida aos munícipes conimbricenses.
“Tudo o que contrarie as orientações [da CPN] é manifestamente desajustado, propositadamente inconveniente e altamente prejudicial à estratégia do PSD para as eleições autárquicas, incluindo o que se passará em Coimbra, por não ser excepção”, alegou o dirigente nacional do partido em entrevista concedida ao DC.
Para Maló de Abreu, “um(a) candidato(a) tem de ter condições objectivas para poder ganhar a Câmara Municipal de Coimbra” e “é também importante” que o único propósito da candidatura consista em “colocar Coimbra como prioridade das prioridades”.
Manuel Machado encontra-se em segundo mandato consecutivo, depois de ter cumprido três entre 1990 e 2001.
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