Coimbra

Coimbra: Aluna queixa-se de Direito por linhas tortas…

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 07-07-2020

Uma aluna a frequentar Direito na Universidade de Coimbra queixa-se de a burocracia e a pandemia da covid-19 atirarem para Setembro a conclusão da sua licenciatura.

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“Não termino em Julho o curso por ter excedido em 15 horas o prazo de inscrição para um exame”, lamenta a estudante em desabafo enviado a NOTÍCIAS de COIMBRA.

Consciente de que a fixação de prazos se prende “com o intuito de os ver cumpridos”, ela reconhece ter-se tratado de irresponsabilidade, mas esperava compreensão por parte da Faculdade de Direito da UC.

“O apego mostrado aos prazos e a posição da Faculdade, perante alunos em situações semelhantes à minha, parecem-me, no mínimo, pouco razoáveis”, alega.

Segundo a estudante, “várias foram as vezes, em regime presencial”, antes da pandemia, que alunos sem constarem das listas para realização de provas puderam concluir os respectivos cursos.

“Noutros anos, poderia realizar o exame, apesar de não constar da lista, coisa a que o regente da cadeira em questão disse não se opor”, assinala, vincando possuir conhecimento de que outras faculdades da UC têm aceitado inscrições fora do prazo, em situações como a dela, “em consideração à situação dos alunos”.

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De acordo com a futura jurista, “0 estatuto de finalista sempre garantiu o privilégio da época especial; este ano, todos os alunos têm acesso à época especial, motivo por que em nada o estatuto de finalista nos privilegia”. 

“Mesmo sabendo que só poderei terminar a licenciatura em Setembro, gostaria de deixar claro estar, de facto, a ser prejudicada; um(a) finalista na minha situação, fora do regime de contingência, seria admitido(a) a exame e poderia terminar a licenciatura sem ter de utilizar a época de Setembro”, adverte a aluna.

A futura jurista ficou a saber, ainda na FDUC, quão dura é a lex (lei). Não imaginava é que a burocracia despontasse da pandemia.

Ela aprendeu ser justo tratar de forma diferente aquilo que é diferente. Mas de nada lhe valeu, pois da teoria à prática há caminhos que não passam de veredas quando a burocracia impera.

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