Coimbra

Coimbra: Aeroporto da Região Centro com novo voo devido à pandemia. Cernache e Monte Real fora do mapa

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 17-08-2020

As condições de saúde e segurança impostas pela pandemia vêm agora reforçar a defesa de um aeroporto para a Região Centro por todos os autarcas da Região de Coimbra disse hoje a vereadora socialista, Regina Bento, enquanto apresentava ao executivo as linhas base dos contributos do Município de Coimbra para a elaboração da estratégia 2030, com base no documento apresentado a discussão pública pelo governo.

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Manuel Machado preferiu não dizer qual é o local que terá sido escolhido para o aeroporto, realçando que não vai deixar de ter Cernache como aérodromo municipal e que a opção de Monte Real, em Leiria também já foi excluída por estudos técnicos. Em declarações aos jornalistas o final da reunião,  presidente da Câmara de Coimbra lembrou que se trata de uma necessidade regional e que a localização – ainda desconhecida pelo publico mas onde assenta a proposta de Coimbra para o Plano de Estabilização Económica e Social 2030.

“O contexto da pandemia veio alterar as viagens aéreas bem como o comportamento dos passageiros” referiu Regina Bento ainda na sessão, referindo-se às condições de saúde exigidos actualmente nas viagens e acrescentando que estas circunstâncias, associadas às alterações climáticas vêm reforçar a necessidade de existirem “infraestruturas aeroportuárias mais pequenas”, dando o exemplo do recuo da expansão do aeroporto de Heathrow, em Londres.

Segundo a autarca, o conselho intermunicipal da Região de Coimbra, composto pelos 19 presidentes de câmara daquela unidade territorial, aprovou em reunião extraordinária, a 10 de Agosto, o contributo regional para a estratégia de recuperação 2030 tendo integrado as propostas de Coimbra.

A vereadora socialista disse que a CMC defendeu naquele conselho que “os contributos da CIMRC no âmbito da discussão pública deste documento de recuperação económica e social se deverão centrar fundamentalmente em 2 eixos, sem prejuízo dos contributos individuais de cada município: infraestruturas e saúde”

Na “rede de infraestruturas físicas indispensáveis sem prejuízo dos inúmeros investimentos nas vias rodoviárias, a CMC considera fundamental recolocar na agenda política nacional o Aeroporto da Região Centro”.

“A pandemia trouxe alterações profundas no mundo da aviação comercial e nos hábitos de consumo das pessoas e as alterações climáticas desaconselham a construção de mega infraestruturas aeroportuárias produtoras de emissões de carbono incomportáveis em termos ambientais (veja-se o recente caso da ampliação do aeroporto de Heathrow em Londres, cujos planos do Governo Britânico para construir uma terceira pista foram considerados ilegais pelos tribunais por colidirem com os compromissos ambientais do Acordo de Paris).

“Com este novo contexto é cada vez menos defensável a construção de um novo aeroporto na região de Lisboa, cuja localização vem a ser discutida há cerca de 60 anos, município reitera afirmando que estão “reunidas as condições conjunturais e estruturais para que a construção, de raiz, de um aeroporto na Região Centro passe a ser um desígnio nacional”.

Questionado pelo Notícias de Coimbra se Soure será uma possibilidade para a construção do aeroporto, Manuel Macho não negou nem confirmou. Disse não querer alimentar a especulação imobiliária, mas acrescentou que a proposta indica um local bem servido por rodovias e ferrovias.

Recorde-se que, na proposta de recuperação económica elaborada pelo consultor do governo, António Costa e Silva, a primeira fase da linha de comboios de alta velocidade (TGV) é entre o Porto e Soure.

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