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Coimbra acolhe exposição de azulejos históricos

Notícias de Coimbra | 17 minutos atrás em 02-02-2025

O átrio do edifício da Câmara Municipal de Coimbra acolhe, a partir de dia 31 de janeiro, e até ao próximo dia 7 de abril, a exposição “Azulejo Histórico”. Um mostra promovida pelo Gabinete de Arqueologia da autarquia, que reúne um conjunto de 35 azulejos provenientes de trabalhos arqueológicos que os serviços municipais têm vindo a realizar desde o ano 2000.

Ao todo são 35 azulejos, 21 individuais, mais um painel composto por quatro e uma barra composta por 10, que estão em exposição no átrio dos Paços do Concelho até ao próximo dia 7 de abril. A exposição intitula-se “Azulejo Histórico”, foi inaugurada no dia 31 de janeiro na presença do presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, e pode ser visitada gratuitamente. Foi promovida pelo Gabinete de Arqueologia da Câmara de Coimbra e reúne um conjunto de peças provenientes de trabalhos arqueológicos que os serviços municipais têm vindo a recolher, identificar e restaurar nos últimos 25 anos.

Na vitrine estão expostos azulejos provenientes das empreitadas do Teatro da Cerca de S. Bernardo (2003), da Cerca de S. Bernardo (2006), da área envolvente da Igreja de Santo António dos Olivais (2003-2008), do Pátio da Escola de Almedina (2004-2006) e da antiga Igreja do Convento São Francisco (2012 e 2015-2016). Estas empreitadas estão todas representadas  nos pósteres que compõem igualmente a exposição e que têm ainda fotos do Gabinete da Presidência, da Igreja de Santa Cruz, do Jardim da Sereia, do antigo colégio de S. Bernardo, da Rua / Trav.ª dos Gatos e Rua Eduardo Coelho.

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A palavra azulejo deriva do árabe “al zulaycha” ou “zuléija” e significa “pequena pedra polida” ou “ladrilho”, que foi assimilada pela língua portuguesa por influência das importações de Sevilha no final do século XV. Nessa época, um número considerável de azulejos sevilhanos ou hispano-mouriscos foi importado para Coimbra, no âmbito das obras patrocinadas pelo bispo-conde D. Jorge de Almeida, utilizados sobretudo na Sé (Velha) de Coimbra e no Paço da Universidade. 

Entre o século XVI e início do século XVII, foram muito comuns os revestimentos enxaquetados, utilizados sobretudo em edifícios religiosos, definem-se por composições em linhas retas, dispostas por forma rítmica. Com o advento do Barroco, o azulejo ganha um lugar de destaque no contexto decorativo de edifícios monumentais como palácios, igrejas e jardins, favorecendo a produção nacional.

Desde o final do século XVII, Coimbra transformou-se num relevante centro produtor de azulejos, seguindo as tendências vindas de Lisboa. No primeiro quartel do século XVIII, destaca-se a oficina de Agostinho de Paiva, na segunda e terceira décadas destaca-se António Vital Rifarto, no pós-terramoto de Lisboa destacam-se as oficinas de Manuel da Costa Brioso e a de Domingos Vandelli (fundada em 1784), que mantinham pintores como Salvador de Sousa e Sousa de Carvalho.

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