Coimbra

Coimbra acolhe concerto solidário para apoiar festival da Figueira da Foz

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 23-10-2018
 

 

 Wipeout Beat, D30 e Victor Torpedo, entre outros nomes, atuam no Teatrão, em Coimbra, em 17 de novembro, num concerto solidário para apoiar o festival Gliding Barnacles, cujas instalações, na Figueira da Foz, foram afetadas pela tempestade Leslie.

Eurico Gonçalves

O festival, que junta surf, música, gastronomia e artes plásticas, na Praia do Cabedelo, sofreu grandes danos devido à passagem da tempestade Leslie, que destruiu o telhado das suas instalações e afetou salas e diversos equipamentos, nomeadamente 26 pranchas ‘longboard’ que tinham sido criadas por artesãos na edição deste ano do festival.

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Com o intuito de ajudar o Gliding Barnacles a recuperar dos prejuízos, o músico Victor Torpedo (The Parkinsons) decidiu juntar várias bandas amigas do festival, a maioria de Coimbra, num concerto solidário que intitulou de “Cabedelo Calling”.

Para o espetáculo, em 17 de novembro, já estão confirmados Victor Torpedo, Ruby Ann, Raquel Ralha & Pedro Renato, The Walks, Gypos, D30, Wipeout Beat, Marc Valentine, Fromatomic, Subway Riders e The Rooms.

Victor Torpedo, que já ajudava o festival com bandas e material, sentiu que “precisava de fazer alguma coisa para ajudar a rapaziada” do Gliding Barnacles.

“Tive o aval do Teatrão na quinta-feira e, no sábado, já tinha quase toda a gente confirmada”, notou o músico, sublinhando que a resposta rápida dos artistas deve-se ao espírito e identidade do festival, mas também “à pessoa que está à frente”, Eurico Gonçalves.

“Já tive a experiência de tocar em muitos festivais e [o Gliding Barnacles] é dos melhores festivais em que toquei na vida”, frisou Victor Torpedo.

Eurico Gonçalves, o promotor do festival, recebeu a notícia “com alguma surpresa e com alegria”.

“Há realmente uma proximidade no Gliding Barnacles e o festival é isto mesmo – esta positividade”, realçou o responsável, referindo que os artistas plásticos e gráficos que têm colaborado com o evento também já disponibilizaram obras suas para serem leiloadas, com o dinheiro a reverter para a organização.

Entre telhado, pranchas, equipamentos, salas de laminação e de ‘shape’, ferramentas e materiais presentes na sede, Eurico Gonçalves estima um prejuízo “entre os 70 e os 80 mil euros”.

Segundo Eurico Gonçalves, cada prancha teria “um valor comercial a rondar os 1.200 euros base”, sendo que agora a equipa vai procurar acabar as pranchas e deixá-las “com as marcas do furacão”.

“A ideia é deixar essas marcas nas pranchas e as pessoas poderem comprar a prancha, através de uma doação”, cujo valor ainda está por definir, esclareceu.

A campanha de angariação de fundos já arrancou na rede social Facebook, onde o festival pede 50.000 euros (https://www.facebook.com/donate/325593418227220/2041665765854925/).

O Gliding Barnacles ocorre todos os anos, no verão, na praia do Cabedelo, num festival que junta música, gastronomia e artes plásticas com o surf.

Na edição deste ano, o festival contou com mais de 300 participantes estrangeiros, vindos de países como o Brasil, Austrália, Nova Zelândia ou Estados Unidos.

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