A Câmara de Coimbra vai abrir novo concurso para reabilitar três ruas na Baixa da cidade, envolvendo mais de um milhão de euros, depois de, no concurso anterior, nenhum concorrente ter reunido condições para realizar a obra.
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O executivo municipal de Coimbra aprovou hoje a abertura de um novo concurso público para a empreitada de requalificação das ruas João Machado, Manuel Rodrigues e Rosa Falcão, na zona do Arnado, envolvendo um investimento superior a um milhão de euros.
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O concurso público para esta mesma empreitada, lançado em dezembro do ano passado, “resultou numa proposta do júri do procedimento para exclusão das propostas concorrentes por incumprimento de determinações legais e procedimentais”, explica a câmara, na proposta de abertura de um segundo concurso, submetida hoje à apreciação do executivo municipal.
A favor da proposta votaram os cinco eleitos do PS, os três vereadores da coligação PSD/CDS-PP/PPM/MPT e o representante da CDU, tendo os dois vereadores do movimento Somos Coimbra (SC) optado pela abstenção.
O SC considera que esta “não é uma obra prioritária”, pois há muitas outras ruas em Coimbra mais necessitadas de intervenção, designadamente naquela zona da cidade, que nem sequer passeios pedonais possuem, sustentou a vereadora Ana Bastos, que também critica a intervenção por ser “casuística” e à margem de um plano e estratégia mais amplos.
Embora se trate de uma obra financiada por fundos europeus, as verbas que a autarquia ali vai investir poderiam “ser melhor utilizadas”, sustentou Ana Bastos, explicando a abstenção do seu movimento com o risco de a câmara perder a comparticipação, se o concurso não fosse aprovado.
Embora tenha votado favoravelmente, o vereador da CDU, Francisco Queirós, disse não entender a exclusão do projeto da Rua Mário Pais, na mesma zona, como têm reclamado os moradores naquela artéria.
A requalificação das três ruas, além de ser “uma ação incluída no Plano de Ação de Regeneração Urbana do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano de Coimbra”, também decorre da declaração de impacto ambiental da instalação sistema de ‘metro bus’ (que servirá a cidade e o antigo ramal ferroviário da Lousã), sublinhou o presidente do município, o socialista Manuel Machado.
A intervenção, que prevê um investimento base de cerca de um milhão e 50 mil euros mais IVA (imposto sobre o valor acrescentado) e um prazo de execução de 390 dias, contempla designadamente a melhoria das condições de mobilidade pedonal e a “remodelação e modernização das infraestruturas públicas de distribuição de água e de drenagem de águas residuais domésticas e pluviais, bem como infraestruturas elétricas, de iluminação pública e de telecomunicações”.
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