Desporto

Clubes vão requerer nova assembleia-geral para destituir presidente da Liga

Notícias de Coimbra | 11 anos atrás em 03-12-2013

Os 14 clubes que pretendem destituir Mário Figueiredo da presidência da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) vão requerer nova Assembleia-Geral (AG) extraordinária para esse efeito, conforme decisão hoje anunciada, após reunirem em Leça da Palmeira.

O presidente da Académica, José Eduardo Simões, que falou aos jornalistas no fim do encontro, criticou a decisão do presidente da Mesa da AG da LPFP, Carlos Deus Pereira, que indeferiu um primeiro requerimento, alegando que havia clubes subscritores que não tinham as quotas em dia.

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“Havia um vício de forma, mas era perfeitamente sanável”, disse o dirigente do emblema de Coimbra, a propósito da justificação para não ser convocada a reunião magna, acrescentando que, “em muitos casos, esse vício já estava sanado, pois as quotas já estavam pagas quando fez o despacho de negação”.

Repúdio que os emblemas fizeram chegar às redações em forma de comunicado: “Repudiamos veementemente o estilo e a forma como o presidente da Mesa da Assembleia-Geral tratou o pedido feito pelos clubes”.

Segundo a mesma nota informativa, decorrente da reunião de Leça, Carlos Deus Pereira “demorou 25 dias a verificar que havia clubes requerentes que, alegadamente, não tinham as suas quotas em dia”, e acrescentam que o mesmo se terá “esquecido” que este vício é sanável.

“Esqueceu-se ainda que é prática e uso habituais da Liga proceder ao pagamento das quotas através de encontro de contas com créditos que os clubes têm sobre a própria Liga, o que neste caso se verificava e como se veio a proceder em meados do mês transato”, refere a nota.

E conclui que “o comportamento do presidente da Mesa da Assembleia-Geral é deliberadamente parcial, irresponsável e não compatível com os deveres objetivos a que está obrigado”.

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Os clubes subscritores do primeiro requerimento vão agora repeti-lo e esperam que a AG extraordinária para destituição do presidente da Liga “se realize no mais curto espaço de tempo possível”, ainda segundo a mesma nota, que recorda “a ausência de realização de reuniões estatutariamente marcantes, como sejam o Conselho de Presidentes e assembleias-gerais”.

Por fim, insistem em não reconhecer “que os atos, declarações ou tomadas de posição do presidente da Liga representem o sentir e o interesse dos clubes, nem que o mesmo se arrogue como porta-voz dos clubes, em quaisquer circunstâncias”.

FC Porto, Sporting de Braga, Vitória de Guimarães, Vitória de Setúbal, Belenenses, Nacional, Olhanense, Académica, Rio Ave, Arouca (I Liga), Tondela, Penafiel e União da Madeira (II Liga) são os emblemas que, no final de outubro, requereram a AG com o propósito de destituir Mário Figueiredo.

O grupo dos 14 considera que o presidente da Liga foi protagonista de um conjunto de comportamentos e decisões que consideram “muito graves violações gerais”, nomeadamente quanto ao “dever de lealdade para com os seus associados, o dever de respeito pelos regulamentos e o dever de zelar pelo bom funcionamento e bom nome” da instituição.

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