Cinema
Cinema português promove-se para uma centena de programadores e diretores de festivais
Dezassete filmes da mais recente produção cinematográfica nacional, dos quais seis ainda em fase de finalização, vão ser apresentados na próxima semana a cerca de uma centena de programadores e diretores de festivais internacionais, à margem do IndieLisboa.
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Será mais uma edição da iniciativa “Lisbon Screenings”, organizada em paralelo ao IndieLisboa e coordenada pela agência de Portugal Film, que acontecerá durante três dias, a partir de segunda-feira, apenas ‘online’, por causa da covid-19.
Este ano, e comparando com 2019, o programa triplicou o número de participações de programadores e diretores de festivais, o que significa um interesse crescente de responsáveis estrangeiros no cinema português, em particular nos mercados asiáticos, disse à agência Lusa Ana Isabel Strindberg, da Portugal Film.
“Há um ‘hype’, um interesse em torno do cinema português, isso é evidente, de todo o mundo, mas sobretudo de asiáticos, que querem comprar, levar para festivais”, nomeadamente na China, Coreia do Sul, Singapura e Taiwan, contou Ana Isabel Strindberg.
Além destes, estarão presentes também representantes dos festivais de Berlim, Cannes e Clermont-Ferrand (França), Locarno (Suíça), Sundance e Tribeca (Estados Unidos), Melbourne (Austrália) e Rio de Janeiro (Brasil).
O aumento de participação de programadores deve-se também, segundo a responsável, ao facto de o ‘Lisbon Screenings’ decorrer online, sem entraves de viagens e com distâncias encurtadas pela Internet.
O programa “pretende dar visibilidade ao cinema português, concentrando no mesmo espaço online filmes, produtores, realizadores e decisores internacionais”, lê-se na nota de imprensa.
O objetivo é mostrar filmes com potencial de internacionalização e este ano entre as obras selecionadas, já finalizadas, estão os documentários “Ana e Maurízio”, de Catarina Mourão, e “Entre leiras”, de Cláudia Ribeiro, e a ficção “O ano da morte de Ricardo Reis”, de João Botelho.
Há ainda oito curtas-metragens finalizadas, entre as quais “Corte”, dos irmãos Afonso e Bernardo Rapazote, “À tarde sob o sol”, de Gonçalo Pina, e “The Shift”, de Laura Carreira, que faz parte da seleção do festival de Veneza.
Há ainda vários filmes que serão mostrados ainda em fase de conclusão, como o documentário “Vingança”, de Sérgio Tréfaut, e as curtas-metragens “Strokes, Pandemia, Gravador (Privilégio)”, de Clara Jost, e “Timkat”, de Ico Costa.
O 17.º festival IndieLisboa, com cerca de 240 filmes, começou no dia 25 e termina a 05 de setembro.
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