Cinema
“Cinema português precisa de ser mais acarinhado”
O vice-diretor do 29.º Festival dos “Caminhos do Cinema Português”, Tiago Santos, defendeu esta sexta-feira, 10 de novembro, uma maior formação de públicos para dessa forma aumentar o número de espetadores do cinema nacional. Para ajudar a concretizar esse objetivo, a iniciativa estende-se a concelhos como Mealhada e Penacova.
Em entrevista ao Notícias de Coimbra, antes da sessão de abertura do festival no Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV), o responsável disse que outra das apostas da presente edição é a formação em masterclasses com peritos nacionais em áreas específicas como documentário, direção de arte ou a relação do cinema com o meio educativo.
Sobre os filmes que estão a concurso, Tiago Santos afirmou que a programação é de “elevada qualidade”, mas não se pode perder de vista o facto de 2023 estar a ser um ano “de grande crise em termos de público, já que a quota de espetadores de filmes portugueses é das mais baixas a nível nacional”.
Carregue na galeria sobre a Sessão de Abertura do Festival
Para mudar o cenário, o vice-diretor defendeu uma maior aproximação da produção feita por portugueses ao público nacional. “O cinema português precisa de ser mais acarinhado”, afirmou ao Notícias de Coimbra.
Durante 9 dias (até dia 18 de novembro), o festival tem lugar em vários locais da cidade (TAGV, Casa do Cinema de Coimbra, Auditório Salgado Zenha) e no Cine-Teatro Messias (Mealhada) e Auditório Municipal de Penacova.
Neste locais, os 156 filmes (80 sessões e cerca de 87 horas de programação) que serão exibidos pretendem ser uma verdadeira mostra daquilo que é o bom trabalho feito “pelos nossos produtores cinematográficos”. “São capazes de olhar para as nossas narrativas, as nossas histórias e espelhá-las na forma de arte”, disse.
Veja o Direto Notícias de Coimbra com Tiago Santos
A sessão de abertura contou com a projeção de “Os Toiros Na Faina Agrícola Ribatejana” (Adolfo Coelho), “Figueira da Foz, Rainha das Praias Portuguesas” (Manuel Santos), “Vinho do Porto” (Adriano Ramos Pinto) e “S. Miguel, 1924 – Um Filme De Família” (Charles Mallet), quatro filmes representativos da cultura popular portuguesa, acompanhados e reinterpretados por Ana Lua Caiano.
O encerramento tem lugar a 18 de novembro na Sala D. Afonso Henriques do Convento São Francisco. Neste dia, será feita a entrega de prémios e a atuação de Hélder Bruno em cine-concerto com a curta-metragem “Outubro Acabou”, de Karen Akerman e Miguel Seabra Lopes.
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