Coimbra
Cidadãos por Coimbra manifestam-se contra o abate de eucaliptos na Conchada
O movimento Cidadãos por Coimbra criticou hoje a Câmara Municipal por mandar abater eucaliptos junto ao Centro Operário da Conchada, numa ação que a autarquia garante ser de prevenção e segurança.
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O movimento refere que os habitantes da Conchada, no centro da cidade, foram surpreendidos com a ordem da Câmara Municipal de Coimbra de mandar “abater todos os eucaliptos, doentes e saudáveis, de médio e grande porte, alguns centenários, adjacentes ao Centro Operário da Conchada”.
Segundo o movimento Cidadãos por Coimbra (CpC), o pretexto do abate está relacionado com “o facto de algumas árvores necessitarem de ser limpas ou manifestarem sintomas de estarem infetadas”.
“O que não deixa de ser estranho é que se tenha decidido o abate total das árvores. E daí que nos pareça legítimo questionar: Que razões justificam este abate geral? O que está previsto para este local em termos futuros? Iremos ter novas árvores? Iremos ter novo parque?”, lê-se no comunicado divulgado pelo CpC.
Questionado pela agência Lusa, o município esclareceu que a ação prevê o abate da maioria dos eucaliptos por grande parte daquelas árvores apresentarem um fungo que se apodera da raiz, o que aumenta o risco de queda.
Naquele local, há um centro paroquial, algumas casas e um parque infantil, sendo que o abate das árvores destina-se à “prevenção e proteção, quer das pessoas que passam, quer das crianças que vão para o parque infantil”, acrescentou fonte da câmara de Coimbra, sublinhando que a própria proteção civil tem sido chamada por causa de algumas quedas de ramos.
“‘A posteriori’, será feita uma operação urbanística, para criar um jardim aprazível, com plantação de árvores que criem sombra, que não eucaliptos”, informou a mesma fonte, realçando que a disposição das árvores, perto as casas e com as copas a tocarem umas nas outras, não cumpria também a legislação em vigor sobre as faixas de gestão de combustível.
Para o movimento de cidadãos, este abate é um “atentado ambiental” e constitui “negligência na atuação, em matéria de gestão dos recursos naturais e do espaço verde urbano da cidade”.
O movimento afirma que, há cinco anos, foram igualmente abatidas, na alameda do cemitério da Conchada, “várias árvores e, até hoje, a promessa de novas árvores no local não foi cumprida”.
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