Coimbra

Cidadãos por Coimbra diz que a cidade é amiga das alterações climáticas

Notícias de Coimbra com Lusa | 19 horas atrás em 19-12-2024

O eleito do grupo municipal Cidadãos por Coimbra, João Malva, acusou hoje o executivo da Câmara de Coimbra de ser amigo das alterações climáticas, por não ter um plano de retirada de automóveis da cidade e desprezar o rio.

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“Este é um executivo, infelizmente, amigo das alterações climáticas. Teima em não ter um plano de retirada do automóvel da cidade, em não apresentar um plano para articulação da linha do metrobus com os autocarros dos SMTUC [Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra], alegou.

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No período antes da ordem do dia da sessão da Assembleia Municipal de Coimbra, que decorreu esta tarde no Convento São Francisco, João Malva criticou a falta de coordenação, que “infelizmente já não é surpresa”.

“Arrasa árvores urbanas prometendo a troca por promessas de árvores. Arrasa a biodiversidade da Serra do Ilhastro em troca de monocultura de painéis solares para bom governo da Cimpor e felicidade da União de Freguesias local. O crime compensa!”, sustentou.

Ao longo da sua intervenção, o eleito do Grupo Municipal Cidadãos por Coimbra (CpC) disse ainda que o executivo camarário Coimbra, “despreza o rio e ignora o efeito das alterações climáticas sobre o leito de cheia”.

“Pode alguém responsável autorizar a construção de uma creche e infantário em leito de cheia do rio Mondego? Pelos vistos este executivo não só pode, como cede terrenos para o efeito”, acrescentou.

João Malva considerou ainda a Câmara Municipal de Coimbra pouco se preocupa com a possibilidade de cheias rápidas e possíveis eventos extremos de gota fria, como o ocorrido em Valência, por planear a futura estação intermodal, “com garagens de centenas de veículos localizadas abaixo do nível de cheia de um rio em transformação”.

“Pelos vistos, este executivo preocupa-se pouco com o assunto e até culpa o rio e a APA [Agência Portuguesa do Ambiente] pelo risco identificado: o rio e a APA só atrapalham. Mas fiquemos tranquilos, o mais alto responsável pela Proteção Civil do município está atento e vamos esperar que não mande cortar o rio”, ironizou.

A intervenção de João Malva em matéria de alterações climáticas foi subscrita pelo eleito socialista Ferreira da Silva, que disse concordar com tudo o que foi dito.

Posteriormente, a Assembleia Municipal de Coimbra aprovou, por maioria, o Plano Municipal de Ação Climática de Coimbra, contando com 25 votos a favor, 21 abstenções e dois votos contra.

Sobre o Plano Municipal de Ação Climática, o eleito do Cidadãos por Coimbra disse tratar-se de um documento padrão, retirado de um modelo comum com o de outros municípios, “sem profundidade nem rigor que justifique o dinheiro investido”.

“Sem metas nem calendário definido, contrariamente, por exemplo, ao documento produzido pelos mesmos autores para o Município de Góis. Não passa de um documento para ficar nos arquivos do município, para cumprir uma obrigação legal e que nada traz de novo à gestão do território”, argumentou.

Na sua ótica, é “um documento faz de conta, sem referências científicas claras nem reconhecido mérito científico”.

“Numa cidade como Coimbra onde abunda competência técnica e científica esta metodologia é pífia. O plano é mau e não merece o nosso apoio”, indicou.

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