O movimento Cidadãos por Coimbra (CPC) acusou hoje a Câmara Municipal de se “comportar como único detentor das soluções para os espaços públicos” e de agir sem ouvir “os proprietários do edificado, os responsáveis pelas unidades comerciais e de restauração, ou a população em geral” antes da intervenção no Largo da Sé Velha e no Quebra Costas.
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Segundo o CPC, a “Câmara Municipal fere um princípio básico da intervenção em espaços de grande valor patrimonial e identitário de uma Cidade: o da aceitação e reconhecimento pela comunidade das soluções urbanas a adoptar.”
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Depois de consultar o processo da intervenção junto da Direção Regional de Cultura do Centro, o CPC – que já apresentou publicamente uma candidatura às eleições autárquicas de setembro deste ano – acusa a autarquia de não ter ouvido ninguém. “Nem mesmo a Associação RUAS, órgão responsável pela gestão do Bem inscrito na lista do Património Mundial Universidade de Coimbra – Alta e Sofia” – acusa.
A Associação RUAS (Recriar a Universidade, Alta e Sofia) foi constituída tendo por fundadores a Universidade de Coimbra, a Câmara Municipal de Coimbra e a Direção Regional da Cultura do Centro, que a compõem, a par de um conjunto de organismos associados e um fórum consultivo alargado.
O CPC chama ainda a atenção para o facto de a DRCC ter colocado reservas às soluções relativas ao condicionamento de tráfego e estacionamento automóvel, à acessibilidade e mobilidade, à densidade, desenho e forma de elementos arquitetónicos, como passadeiras.
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