Cidade
Ciclovias estão a valorizar paisagem urbana de Coimbra
No Dia da Cidade de Coimbra, o programa oficial começou na Praça das Cortes para uma visita a mais um troço concluído da ciclovia. Ao todo são já 20 km de uma rede que está a valorizar a paisagem urbana da cidade, colocando ao usufruto da população locais e panoramas até aqui desconhecidos.
Este investimento da Câmara Municipal (CM) de Coimbra é superior a 2,2 milhões de euros, incluído no Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU) e financiado por fundos comunitários, mas a autarquia não vai ficar por aqui e já aprovou um novo troço de mais 11 km de ciclovia no concelho, pela margem esquerda do rio Mondego, junto à Estrada do Campo, onde irá ligar a um futuro percurso até à costa atlântica na Figueira da Foz.
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Estão praticamente concluídos todos os lotes da empreitada de criação de um percurso ciclável que está a valorizar a paisagem urbana de Coimbra. A partir de hoje já é possível fazer uma viagem praticamente ininterrupta e em segurança, desde a estação ferroviária de Coimbra B até ao Vale das Flores e à Portela.
Esta rede viária liga polos importantes da cidade, como estabelecimentos de ensino e investigação, de saúde e zonas comerciais. Esta aposta da autarquia pretende potenciar a utilização da bicicleta para lazer, mas também nas deslocações casa-trabalho e casa-escola, em detrimento da utilização do transporte individual motorizado, com a consequente redução de emissões de gases carbónicos, garantindo ainda os níveis elevados de segurança rodoviária. Esta ação está incluída no Plano de Ação e Mobilidade Sustentável (PAMUS) do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU) de Coimbra e tem financiamento comunitário de 85% do Centro 2020.
O projeto Ciclovia de Coimbra – Coimbra B/Vale das Flores/Portela inicia-se junto da atual estação ferroviária de Coimbra B e do futuro interface Coimbra-Norte e segue, em canal próprio, ao longo da Av. Marginal até à Ponte Açude. Neste ponto, atravessa para a margem esquerda do Mondego, através da nova ponte pedonal e ciclável do Açude.
O percurso duplica-se, então, ao longo das margens do rio, seguindo, na margem esquerda, pela Av. de Conímbriga, entre a Ponte Açude e a Ponte de Santa Clara, descendo depois ao Parque Verde, onde liga a um percurso existente e que, através da Ponte Pedro e Inês, se une ao traçado da margem direita.
A partir da margem direita, a ciclovia segue ao longo da Av. da Lousã e da Av. Urbano Duarte, confluindo na zona da rotunda da Boavista, onde tem uma passagem inferior junto ao futuro Parque Municipal de Skate e também um pontão em direção ao Vale das Flores. A partir deste ponto, há também um percurso que segue paralelo ao traçado do IC3, estendendo-se à zona do Pólo II da Universidade de Coimbra (UC), entrando na Quinta e culminando próximo da rotunda da Portela, onde liga ao lanço existente que acede ao futuro interface do Sistema de Mobilidade do Mondego da Quinta da Ponte, em Ceira.
A partir do Vale das Flores, a ciclovia desdobra-se junto à Escola de Hotelaria, ligando aos espaços de investigação (ITeCons) e empresas e, finalmente, à zona residencial da Quinta da Portela e ao Pólo II da UC. Outro desdobramento do Vale das Flores acontece junto à Casa Municipal da Proteção Civil, para que a ciclovia garanta a ligação aos equipamentos escolares e espaços de investigação e de cowork.
Mas a CM Coimbra não vai ficar por aqui. Em fevereiro, a autarquia aprovou o traçado de cerca de 11 km da Ciclovia do Mondego no concelho. Este percurso tem início no Açude-Ponte, onde se liga à ciclovia já em conclusão. A jusante, a Ciclovia do Mondego segue pela margem esquerda do rio, junto à Estrada do Campo, até ao limite do concelho com Montemor-o-Velho, onde se irá ligar ao restante percurso ciclável até à costa atlântica na Figueira da Foz, numa extensão total de cerca de 46 km. Este projeto faz com que Coimbra fique com cerca de 30 km de ciclovias interligadas entre si.
Este traçado foi definido pela autarquia pois permite captar um maior número de utilizadores, tendo em conta a proximidade de localidades da União de Freguesias de S. Martinho do Bispo e Ribeira de Frades e da União de Freguesias de Taveiro, Ameal e Arzila, tendo já o parecer técnico favorável da Agência Portuguesa do Ambiente.
Neste troço no concelho de Coimbra está prevista a criação de uma plataforma exclusiva para a ciclovia, a qual se desenvolverá entre a plataforma viária existente e a vala de regadio. A ciclovia terá 2,6m de largura a que acrescem 0,30m de berma de cada um dos lados, promovendo uma maior segurança rodoviária. Ao longo deste troço existem ainda algumas situações de atravessamentos de plataformas viárias com algum tráfego, as quais serão alvo de atenção especial e onde serão priorizadas soluções que aumentem a segurança de atravessamento, designadamente a sobrelevação da via automóvel como forma de assegurar a redução da velocidade dos veículos automóveis.
A estimativa orçamental para a execução deste projeto, tendo em conta o estudo realizado pelo Itecons – Instituto de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico para a Construção, Energia, Ambiente e Sustentabilidade para a CM Coimbra, é de cerca de 600.000 euros.
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