CHUC
C(HUC)aos!
Os Cidadãos por Coimbra (CPC) promoveram no dia 18 de Março de 2015 mais um debate sobre os problemas da cidade.
O tema escolhido foi desta vez o problema do estacionamento e da mobilidade em Coimbra, numa sessão que decorreu no Auditório da Escola Martim de Freitas e que teve a participação de Álvaro Seco, José António Bandeirinha, Maria José Marçal e Francisco Amaral, como moderador.
Quem conhece a cidade, conhece particularmente bem algumas zonas de estacionamento caótico, como é o caso do recinto e das zonas envolventes do CHUC.
Conhece ainda as dificuldades de movimentação utilizando os transportes públicos, e conhece também a errância das propostas apontadas e a indecisão sobre a realização dos projectos.
Por isso os CPC quiseram relançar este debate sobre a mobilidade em Coimbra tendo em conta as responsabilidades camarárias no planeamento, na realização e regulação de uso das diversas infra estruturas de transporte público, nas redes viárias, na organização dos espaços de elevada densidade de utilização e nos seus modos de utilização.
Álvaro Seco reconheceu que a gestão dos estacionamentos nas cidades é complicada porque envolve questões sociais e políticas e porque as soluções não são fáceis. Há que considerar a questão dos custos das infra estruturas, o número de lugares oferecidos, o modelo que queremos. Salientou que parece ser fácil convencer as pessoas desde que se lhes ofereça transportes alternativos de qualidade. Mas no caso concreto dos HUC a questão pode estar bloqueada enquanto não se resolver o problema do Metro.
Acrescentou ainda que a CMC tem uma palavra a dizer na matéria embora salientando que dentro do campus hospitalar a responsabilidade maior é do conselho de administração. Uma empresa com a dimensão dos CHUC, acrescentou, devia ser obrigada a ter um plano de mobilidade. Outras soluções poderiam passar pela construção dum silo auto, pela introdução de maior disciplina do uso regulado dos parques, pela exigência de linhas de autocarro com frequência aceitável.
No mesmo sentido se pronunciou José António Bandeirinha salientando que esta questão do Metro é vital. Mas estando parada faz com que a cidade se espalhe para as suas periferias. E estes problemas têm de ser resolvidos de forma integrada, embora tudo pareça estar refém da questão do Metro. Quem provoca maioritariamente este caos de estacionamento no campus dos CHUC e nos campos envolventes, são sobretudo os sete mil funcionários. Daí a urgência em refazer os espaços mal aproveitados. Daí a urgência de pensar tudo isto em rede e não como peças isoladas. E aqui competia à CMC ter papel interventivo.
Maria José Marçal, trabalhadora nos CHUC, referiu em primeiro lugar a riqueza do perímetro em análise, onde se concentram hospitais, clínicas e consultórios e destacou os 15 espaços de estacionamento, mas salientando que é bem cedo que os funcionários começam a congestionar o trânsito. E a tudo isso acrescem os que procuram as consultas externas e as urgências, já não falando das visitas da tarde que agravam a situação.
No debate que se alargou ao público foram denunciadas situações verdadeiramente preocupantes: ambulâncias que têm dificuldade em circular;
carros dos bombeiros ou carros do lixo que têm a mesma dificuldade; o caso duma jovem que se desloca em cadeiras de rodas e que tem de circular pelo meio da rua tal é o estado caótico dos passeios; carros riscados nas ruas circundantes. E como alguém perguntava: a quem devemos pedir
responsabilidade de tudo isto?
O CPC conclui que um bom princípio deveria ser este: quem constrói devia ser obrigado a garantir estacionamento adequado a quem recebe. Ora não parece ser este o princípio aplicado neste espaço do campus dos CHUC e da sua envolvência, bem como noutros espaços da cidade.
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