Coimbra

“Chove” no Estádio Cidade de Coimbra no dia em que os termómetros chegaram aos 40 graus!

Notícias de Coimbra | 2 meses atrás em 23-07-2024

Apesar do presidente da Câmara Municipal anunciar com toda a pompa e circunstância a instalação de multinacionais no Estádio Cidade de Coimbra, demonstrando as potencialidades que o espaço tem, parece que há outra realidade.

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O autarca bem quer aproveitar melhor os espaços do Estádio Cidade de Coimbra que não são usados para a vertente desportiva para criar um ecossistema empresarial naquele equipamento municipal, contribuindo para a dinamização económica e social da cidade de Coimbra.

Na tarde desta terça-feira, 23 de julho, a Clínicas Leite, situada no Estádio Cidade de Coimbra, deixou de funcionar devido a uma “grande inundação”.

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Refira-se que já não é a primeira vez que este tipo de problemas acontece nesta estrutura, levando várias empresas a abandonar as instalações.

“Esta tarde, as Clínicas Leite, localizadas no Estádio Cidade de Coimbra, (entrada da sala de imprensa) sofreram uma grande inundação, interrompendo o seu funcionamento normal”, afirmou aquela unidade de saúde privada, em nota de imprensa, realçando que a situação afetou a infraestrutura das clínicas e causou “transtornos significativos” a colaboradores e pacientes.

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Segundo a unidade de saúde privada, a Associação Académica de Coimbra – Organismo Autónomo de Futebol (AAC-OAF), responsável pela gestão do estádio, foi contactada para encontrar “uma solução imediata”, mas escusou-se a tomar medidas, remetendo para depois da reunião do executivo municipal desta quarta-feira, 23 de julho, em que será discutido um novo acordo para a gestão do estádio, depois de o atual contrato (ainda em vigor) ter sido denunciado pela autarquia.

A Clínicas Leite considerou a resposta “inadequada e descabida”, comprometendo “o bem-estar e a segurança de todos os envolvidos”.

De momento, a Académica, que milita na terceira divisão nacional de futebol, é responsável pela gestão e manutenção do Estádio Cidade de Coimbra, arrecadando também as receitas dos espaços arrendados (mais de 300 mil euros na época desportiva 2022/2023).

“A degradação das infraestruturas tem sido uma constante, sem qualquer intervenção corretiva ou de manutenção adequada. Essa falta de cuidado contribuiu significativamente para o incidente de hoje e continua a ameaçar a integridade das operações no local”, criticou a unidade de saúde privada.

Segundo a Clínicas Leite, “a suspensão forçada” das suas operações “causa um impacto negativo significativo nos cuidados de saúde” que presta.

“Estamos empenhados em encontrar uma solução rápida para retomar as atividades e garantir a segurança e o conforto dos nossos colaboradores e pacientes. Instamos a Câmara Municipal e a Associação Académica de Coimbra a tomarem medidas urgentes para resolver esta situação inaceitável, garantindo que situações como esta não se repitam no futuro”, vincou.

Questionado pela agência Lusa, o vice-presidente do clube Joaquim Rosete confirmou uma “rutura na rede de abastecimento de água”, referindo que, às 19:00, a situação já estava “resolvida”.

O responsável recusou ainda a versão dos factos dada pela Clínicas Leite, realçando que a situação foi resolvida “rapidamente” com intervenção da Académica, alegando também que o clube “não tem falhado na manutenção” do estádio e que tem procurado dar resposta “a situações como esta”.

Apesar disso, Joaquim Rosete considerou “fundamental” ser fechado um acordo com o município “para evitar estas questões”.

Em resposta, fonte oficial da Clínicas Leite afirmou que foi o técnico de manutenção da própria unidade de saúde “que resolveu” a situação, com a Académica apenas a indicar “onde estava a torneira de segurança”

Segundo a mesma fonte, a unidade de saúde irá verificar na manhã de quarta-feira se estarão reunidas as condições “para retomar a atividade”.

Esta quarta-feira, pelas 21:30, a reunião do executivo da Câmara de Coimbra será retomada na esperança de que seja possível chegar a um entendimento sobre o estádio com a Académica até essa data.

O motivo da suspensão prende-se com a vontade de o município “chegar a um entendimento” com a Associação Académica de Coimbra – Organismo Autónomo de Futebol, que gere aquele equipamento que é propriedade da autarquia e que ainda está a ser pago por esta.

Em falta, está um programa de desenvolvimento desportivo por parte da Académica, que milita na Liga 3, que permitiria usar parte das receitas da exploração do estádio (só em rendas arrecadou mais de 300 mil euros na época 2022/2023) nos escalões de formação e na constituição de uma equipa de futebol feminino.

No sábado, em comunicado enviado à agência Lusa, a Académica disse que “continua empenhada em conseguir chegar a um consenso” com a Câmara de Coimbra.

Clique na fotogaleria e veja como ficaram as instalações:

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