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China diz que deteve alegado espião ao serviço da CIA

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 ano atrás em 11-08-2023

A China deteve recentemente um alegado espião ao serviço da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA), informou hoje o ministério de Segurança do Estado do país asiático.

O suspeito, identificado apenas pelo sobrenome Zeng, terá estabelecido contacto com um funcionário da embaixada dos Estados Unidos em Itália, enquanto frequentava um curso universitário naquele país.

O norte-americano obteve a confiança de Zeng, nascido em 1971, ao convidá-lo para jantares, viagens e óperas, e “incutiu-lhe valores ocidentais”, lê-se no comunicado difundido pelo ministério, através da sua conta oficial na rede social Wechat.

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Como resultado, Zeng “começou a duvidar da sua posição política”.

O funcionário norte-americano terá então revelado a Zeng a sua identidade como agente da CIA em Roma e ofereceu-lhe uma grande quantia em dinheiro e a possibilidade de se mudar para os Estados Unidos com a sua família, em troca de “informações militares relevantes”.

Zeng “assinou então um acordo de espionagem com os Estados Unidos” e “recebeu treino antes de retornar à China”, de acordo com o ministério. Ele manteve desde então vários contactos secretos com a CIA, a quem “forneceu várias informações, em troca de dinheiro”, lê-se na mesma nota.

A China alterou, em julho passado, a Lei de Contraespionagem para incluir a “colaboração com organizações de espionagem e seus agentes” na categoria de espionagem.

A legislação passou a proibir a transferência de qualquer informação relacionada com a segurança nacional e alargou a definição de espionagem, à medida que o Presidente chinês, Xi Jinping, enfatiza a necessidade de construir uma “nova arquitetura de segurança”.

Na semana passada, o Ministério de Segurança do Estado chinês pediu a mobilização de “toda a sociedade”, visando “prevenir e combater a espionagem”, e anunciou medidas para “fortalecer a defesa nacional” contra “atividades de serviços de inteligência estrangeiros”.

Em maio, a polícia chinesa entrou nos escritórios de duas consultoras, a Bain & Co. e Capvision, e de uma empresa de diligência prévia, a Mintz Group. As autoridades não deram nenhuma explicação, afirmando apenas que as empresas estrangeiras são obrigadas a cumprir a lei.

Estas investigações semearam preocupação no setor e entre potenciais investidores estrangeiros, apesar de Pequim ter defendido tratarem-se de ações isoladas.

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