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Cheias: Comunistas contra APA e EDP

Notícias de Coimbra | 9 anos atrás em 22-01-2016

O PCP vai questionar o governo sobre as inundações provocadas pela subida do nível das águas do rio Mondego no dia 11 de janeiro.

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Em comunicado enviado a Notícias de Coimbra, o Partido Comunista Português revela as questões que vai colocar ao Governo Socialista que tem o seu apoio:

Supostamente a subida repentina do nível do rio ficou a dever-se a um enorme aumento do caudal da Barragem da Aguieira. Segundo a própria APA (Agência Portuguesa de Ambiente), até às 18 horas de domingo o caudal não era preocupante. Posteriormente, as comportas terão sido abertas, chegando a debitar 1. 470 m cúbicos/seg, por volta das 2 horas da madrugada.A empresa que explora a Barragem da Aguieira (grupo EDP) informou atempada e regularmente a entidade reguladora (APA) sobre as descargas que realizou?

A entidade reguladora do sector (APA) cumpre rigorosamente as suas funções, alertando os organismos de protecção civil?

A APA pode garantir que uma empresa privada em caso algum sobrepõe interesses económicos – de obtenção máxima de lucro pela produção de electricidade – aos interesses da segurança das populações, das economias locais, da salvaguarda de bens e do próprio património histórico nacional? Ou a segurança e bem-estar das populações, afinal a soberania nacional, está à mercê da obtenção de lucros para interesses privados?

A que níveis de capacidade de represamento de água esteve submetida a Barragem da Aguieira? Ao abrigo de que planos de segurança?

Quem responde pelo ressarcimento dos prejuízos elevados para a cultura e o património nacional? E para os municípios e os particulares?

Para o PCP,  “os avisos aos munícipes (concessionários de estabelecimentos de restauração nas duas margens do rio, moradores de zonas ribeirinhas, como a Quinta da Várzea) ou à entidade gestora do Museu/Mosteiro de Santa Clara-a-Velha não só tardaram como não transmitiram a dimensão real do problema. Os prejuízos revelaram-se enormes para autarquias, moradores, concessionários e trabalhadores de empresas instaladas nas margens do rio. Sendo já conhecido um prejuízo superior a 450 mil euros no Mosteiro de Santa Clara, teme-se por outros danos irreversíveis no Património Nacional”.

Os comunistas entendem que esta “é mais uma situação que não pode ser desligada do processo de privatização da EDP.

Tal como o PCP tem vindo a denunciar, a propósito da falta de capacidade de resposta em situações de temporal e das cheias do Cabouco, estas situações comprovam que o funcionamento da EDP, orientado para a obtenção do máximo lucro é contrário aos interesses do País. A lógica do lucro subverte o objecto de uma empresa que deveria, em primeiro lugar, pugnar pela protecção das populações.

O PSC conclui que “como ficou demonstrado em situações anteriores e agora nas cheias de 11 de Janeiro, a EDP tende a aumentar encargos para os utentes, a cortar nos meios técnicos, humanos e materiais, a cortar na manutenção e investimento, a desestruturar as equipas técnicas e a entregar muitas das competências a empresas sub-contratadas com pouca capacidade de resposta e sem meios técnicos suficientes para responder a situações excepcionais”.

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