Política

Chega diz que Governo não tem condições e pede eleições antecipadas

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 29-12-2022

O presidente do Chega defendeu hoje a dissolução da Assembleia da República e a convocação de eleições antecipadas, sustentando que o Governo não tem condições para continuar em funções, e vai pedir um debate de urgência com o primeiro-ministro.

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“Entendemos que a dissolução da Assembleia da República é o caminho que deve ser tomado nesta altura e convocadas eleições antecipadas”, afirmou André Ventura, em conferência de imprensa, considerando que “este é um Governo sem condições para continuar em funções”.

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O líder do Chega falava aos jornalistas na sede nacional do partido, em Lisboa, na sequência da demissão do ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos.

“Está em causa o regular funcionamento das instituições”, defendeu, considerando que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa “deve ponderar muito bem” a realização de novas eleições legislativas.

André Ventura indicou que o partido vai votar favoravelmente a moção de censura que a Iniciativa Liberal anunciou que irá apresentar na Assembleia da República, mas considerou que “num cenário destes é o Presidente da República que tem de tomar uma decisão”.

“O Presidente da República não pode escudar-se no parlamento”, salientou.

Quanto ao primeiro-ministro, defendeu que “se António Costa tiver um pouco de dignidade política”, deverá demitir-se.

O presidente do Chega afirmou também que não são os resultados eleitorais que interessam ao seu partido, apontando que “o Chega é terceira força política e segundo as sondagens manter-se-ia terceira força política”, mas a perspetiva de o país poder “mudar de governo”.

“A direita não está no seu momento mais organizado, mas tudo é melhor do que o Governo levar-nos para o abismo”, defendeu.

Nesta conferência de imprensa, André Ventura indicou também que, à semelhança do PSD, “o Chega irá pedir um debate de urgência no parlamento com a presença do primeiro-ministro, António Costa, para que possa explicar de viva voz, por si próprio, o que se passou e as condições políticas que na sua perspetiva tem para governar”.

O líder do Chega apontou que, apesar das mais recentes demissões no Governo, ainda “há questões que têm de ser respondidas” sobre este caso e defendeu a realização de uma “auditoria completa às contas da TAP”.

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