Região
Chega de Condeixa-a-Nova defende demissão do presidente da Câmara
O coordenador do partido Chega de Condeixa-a-Nova solicitou hoje a demissão do presidente da Câmara local, Nuno Moita (PS), que foi condenado no início de janeiro a uma pena de prisão suspensa num processo judicial.
Depois de conhecida a sentença, o autarca apresentou a demissão de líder da Federação Distrital de Coimbra do Partido Socialista, para “proteger, defender e salvaguardar a imagem do partido”, cargo para o qual tinha sido reconduzido em novembro de 2022.
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“Face à tomada de decisão do presidente em abandonar a direção da Federação PS de Coimbra, o espaço na frente dos comandos da Câmara Municipal está esgotado”, considerou hoje, em comunicado, o coordenador do Chega de Condeixa-a-Nova, no distrito de Coimbra.
Otávio Ferreira citou o presidente do PS, Carlos César, que, no sábado, em Coimbra, no final da Comissão Política Nacional do partido, afirmou que os sucessivos casos que tem afetado o partido e o Governo socialista “servem para se aprender e não se repetirem”.
O dirigente do Chega recordou ainda que o secretário-geral António Costa frisou, na mesma reunião, que é preciso “honrar a história dos 50 anos do Partido Socialista, desde os presidentes das freguesias aos ministros”.
“Fica assim claro, que a permanência do dr. Nuno Moita não é desejada pelo seu partido na frente dos destinos da Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova”, refere o comunicado.
Segundo Otávio Ferreira, “o facto político e imputado ao presidente fará que a sua permanência, apenas e só apenas, traga dias cinzentos, um clima de instabilidade, desconfiança permanente e uma suspeição sobre a instituição Câmara Municipal, que Condeixa-a-Nova não merece”.
Salientando que o Chega estará sempre “do lado das pessoas que querem uma sociedade mais justa”, o coordenador de Condeixa-a-Nova citou também a Transparência Internacional Portugal, que recomenda às autarquias a adoção “de sistemas claros e de fácil perceção sobre estes assuntos que envolvem a contratação pública”.
Nuno Moita foi condenado em 05 de janeiro a uma pena suspensa por favorecimento de empresas quando era vice-presidente do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (IGFEJ), relacionada com factos que terão ocorrido entre 2010 e 2012.
A condenação foi noticiada pela revista Sábado, dando conta de que o autarca foi condenado em Lisboa a uma pena suspensa de quatro anos pelo crime de participação económica em negócio, não tendo ficado impedido de continuar a exercer o cargo de presidente da Câmara de Condeixa-a-Nova.
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