Política

Chega contra eventuais novas restrições nos horários ou na mobilidade

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 16-11-2021

O Chega defendeu hoje que o Governo deve “ponderar medidas pontuais” para mitigar o aumento dos contágios de covid-19, mas sem impor “novas restrições no âmbito de horários de funcionamento ou mobilidade dos cidadãos”.

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Em comunicado, a direção nacional do Chega “manifesta-se frontalmente contra novas restrições que sacrifiquem a mobilidade, os negócios ou as famílias”.

“Perante o previsível aumento de casos, o Governo devia ter reforçado a capacidade do SNS, nomeadamente na vertente do internamento e consultas de especialidade. Isto, não obstante todos os avisos, não foi feito na altura adequada”, lê-se na nota.

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Nesse sentido, o Chega considera que o Governo “pode e deve ponderar medidas pontuais e informativas que ajudem a reforçar a prevenção de novos contágios, sem em qualquer momento admitir novas restrições no âmbito de horários de funcionamento ou mobilidade dos cidadãos”.

“Fazer o contrário será remeter o país para uma crise ainda mais profunda”, sustenta o partido.

O primeiro-ministro, António Costa, disse hoje não antever a necessidade de um novo estado de emergência, mas garantiu que apesar da dissolução do parlamento, o Governo não hesitará em adotar medidas mais restritivas para conter a pandemia de covid-19.

Costa admitiu “preocupação” pela evolução do número de infetados pelo novo coronavírus”, mas vincou não considerar “previsível que se tenham que tomar outra vez medidas com a dimensão” que tiveram no passado, dado a vacinação ter “não só tem diminuído muito a taxa de incidência” como, sobretudo ter “assegurado também que mesmo as pessoas que são infetadas o são de forma menos gravosa”.

Apesar de “Portugal ter uma taxa de vacinação muito superior à de outros países”, o primeiro-ministro alertou que não se pode “descansar à sombra da vacinação”, e que por isso o Governo deve voltar “a convocar os especialistas, avaliar a situação, ver quais são os riscos efetivos” e, em função desse risco “adotar as medidas que sejam adequadas, sempre com aquela regra que é perturbar o mínimo possível a vida das pessoas mas sem correr o menor risco de agravamento da situação”.

Com uma reunião com o Infarmed marcada para sexta-feira, António Costa considerou ser “uma boa altura para prevenir”, uma vez que apesar de Portugal estar “ainda muito longe de outros países europeus”, está atento ao evoluir da pandemia noutros países da Europa.

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