Coimbra
Centro tem aumento de 25% das verbas comunitárias em 2014-2020
O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), Pedro Saraiva, realçou hoje que os fundos europeus para projetos de 2014 a 2020 na região traduzem um aumento de 25% em relação ao quadro comunitário cessante.
De 1.700 milhões de euros do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), que termina este ano, as verbas da União Europeia disponíveis para investimentos na Região Centro sobem para 2.117 milhões de euros nos próximos seis anos.
Estes financiamentos, segundo Pedro Saraiva, deverão ser “aplicados seletivamente em bons projetos”.
Na Região Centro, a parcela média dos fundos comunitários disponíveis até 2020 será de 909 euros por habitante, contra 730 euros no período 2007-2013.
Uma alteração positiva, “que deve responsabilizar”, disse o presidente da CCDRC, ao intervir, em Coimbra, num debate sobre desenvolvimento e inovação nas regiões Norte e Centro, que decorre ao longo do dia na sede da Câmara de Comércio e Indústria do Centro – Conselho Empresarial do Centro (CEC).
“Devemos saber combinar muito bem o Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) com o Fundo Social Europeu (FSE)”, defendeu, revelando que os montantes serão de 1.745 e 372 milhões de euros, respetivamente.
Na sua opinião, haverá “um futuro cheio de boas oportunidades”, desde que os projetos “se traduzam em resultados que interessem” ao desenvolvimento da região.
“A Região Centro tem quase tudo para continuar a apresentar bons resultados”, adiantou Pedro Saraiva, que exortou os empresários e autarcas a não tardarem “a começar a pensar nos projetos” a candidatar aos próximos apoios comunitários.
O presidente da CCDRC traçou aos presentes as perspetivas de desenvolvimento do centro do país, sob o título “As regiões no horizonte 2020”.
“Vamos ter de contar com uma nova forma de estar dos municípios”, preconizou o presidente do CEC, José Couto, acreditando que as autarquias serão “um parceiro diferente” na aplicação dos meios financeiros do próximo quadro comunitário de apoio.
António Rocha, da União das Associações Empresariais da Região Norte, defendeu a necessidade de os agentes económicos e políticos saberem “abstrair-se das suas quintas e quintais”, favorecendo o interesse coletivo.
“As pessoas já perceberam que isto de forma isolada não vai lá”, disse o presidente da Câmara Municipal de Viseu, Almeida Henriques, corroborando aquela opinião.
Margarida Mano, vice-reitora da Universidade de Coimbra, e Carlos Cerqueira, do Instituto Pedro Nunes, foram outros dos oradores na sessão da manhã.
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