Coimbra
Centro regista tendência decrescente de novos casos de SIDA
Pela primeira vez em mais de trinta anos, o Dia Mundial de Luta Contra a Sida, que se comemora amanhã, é assinalado com otimismo, começando-se a falar do “início do fim da luta” contra a pandemia.
Na região Centro, à semelhança do que se verifica a nível nacional, têm vindo a diminuir os novos casos de infeção VIH, os casos de SIDA e os óbitos.
Durante 2014, na região Centro, foram notificados 137 novos casos de infeção por VIH (taxa de incidência de 8,1 por 100 mil habitantes; 24 casos de SIDA (taxa de incidência de 1,4 por 100 mil habitantes) e 2 óbitos; 70,8% entre os 15-49 anos e 28,5% têm 50 ou mais anos; 64,3% são heterossexuais, 29,2% homo/bissexuais, 2,9% UDI, tendo ocorrido 1 caso de transmissão vertical (mãe-filho); 77,4% portadores assintomáticos, 14,6% SIDA e 2,2% infeções agudas, sendo 98,5% por VIH1.
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Tal como no resto do país, há assimetria na distribuição geográfica desta infeção na área geográfica da ARSC, tendo-se verificado, em 2014, a maior taxa de novos casos de infeção VIH na área abrangida pelo Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Baixo Mondego (11,7 por 100 mil habitantes) e a maior taxa de novos casos de SIDA no ACES Pinhal Interior Norte.
Na celebração de mais um Dia Mundial de Luta Contra a Sida, a 1 de dezembro, a ARSC, que considera de primordial importância a intervenção nesta área, tendo como programa prioritário no seu Plano de Atividades o “Programa de Prevenção e Controlo da Infeção VIH”, pretende este ano, e mais uma vez, alertar toda a população para a importância da prevenção desta infeção tão intimamente ligada ao comportamento de todos e de cada um em particular.
A adoção de comportamentos que permitam evitar a sua transmissão, o conhecimento precoce da situação de infeção através da realização do teste de rastreio e o tratamento adequado dos infetados são hoje, reconhecidamente a nível mundial, os principais meios de prevenção da transmissão do VIH e que poderão acabar com esta epidemia.
O tema escolhido entre 2011-2015 para a comemoração, “Chegar a Zero”, reflete os objetivos para 2030 da ONUSIDA a nível mundial e que se começam finalmente, a vislumbrar: zero novas infeções; zero casos de SIDA, zero mortes e também zero discriminações, através do combate ao estigma, garantindo os direitos de cidadania dos infetados, nomeadamente de inclusão no local de trabalho.
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