Coimbra
CDU já tinha alertado para “verba fantasma” na Junta de Santo António dos Olivais
Os eleitos da CDU na Assembleia de Freguesia de Santo António dos Olivais em Coimbra referem que têm alertado os responsáveis da junta para a “verba fantasma” de 157 mil euros nas contas da autarquia.
Tal como o Notícias de Coimbra revelou na passada sexta-feira, 3 de janeiro, existem 157 mil euros de despesas não justificadas nas contas da junta de freguesia.
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A divergência detetada no final de 2021 apontava para a falta de documentos a justificar a despesa ao nível dos saldos de gerência orçamentais.
Para além de ser mudada a empresa de contabilidade, foi decidido lançar um concurso público para a realização de uma auditoria às contas da junta.
Como o concurso ficou vazio, foi decidido realizar uma investigação em conjunto com técnicos de uma sociedade de contabilidade conimbricense e que foi alargada ao saldo de gerência orçamental do período entre 2010 e 2021.
As primeiras contas apontavam para uma diferença entre o fluxo de caixa e o saldo bancário da ordem dos 157 mil euros, tendo-se acumulado desde 2010 e com particular incidência desde 2016.
O alerta para a situação foi dada no final do ano de 2024 através da página pessoal do recém-deputado Manuel Lobão. Nesse post, é referido que “o atual presidente mandou fazer uma auditoria interna onde confirma mais ou menos estes valores e enviou o relatório ao Tribunal de Contas”.
“Isolou a bolha e começou com ano zero a partir de 2021 e muito bem. Devia ter comunicado ao Ministério Público… porque os responsáveis estão vivos”, refere, perguntando logo de seguida “onde pára esse dinheiro”.
Agora, foi a vez dos eleitos da CDU Vasco Paiva e João Abrantes referirem que “têm sistematicamente alertado para esta situação, desde o início deste mandato, isto é, desde que tomamos conhecimento desta “anormalidade””.
“Fomos nós que insistimos para que se realizasse uma auditoria que apurasse todas as responsabilidades e não foi agora, foi desde o início deste mandato. Em todas as Assembleias de Freguesia temos insitido na clarificação e apuramento de responsabilidades. Também fomos nós, nesta última Assembleia, que colocamos a necessidade de envio para o Ministério Público o relatório de gestão sobre esta verba que temos apelidado de “Verba Fantasma””, dizem na nota enviada à comunicação social.
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